O novo prefeito de Santa Inês, Hérmeson Novaes Eloi (PT),  viveu um momento vergonhoso para a cidade de Santa Inês, quando, durante a eleição do Convale, realizada na última semana na cidade de Maracás, não teve direito a voto nem de ser candidato em nenhuma chapa, isso por acumulo de dívidas deixadas no Consórcio pelo ex-prefeito José Afrânio, que tinha até uma boa participação na entidade, mas, deixou de honrar com as mensalidades do município.

-“Viemos para eleição do Convale e não tivemos direito a voto por conta da inadimplência do município deixada pelo gestor anterior. Encontramos um município arrasado administrativamente, sem nada de base de administração pública. Sempre tivemos a consciência que não iriamos encontrar coisas diferentes. Agora estamos arregaçando as mangas para fazer uma administração diferente pautada na gestão para as pessoas, contradizendo o tipo de gestão que Santa Inês teve nos últimos 40 anos. Quando chegamos à prefeitura assumimos as coisas boas, que infelizmente são poucas, mas assumimos também as coisas ruins, temos consciência da inadimplência da gestão anterior, é tanto que fiz meu posicionamento de forma bem consciente, minha intenção era de participar mesmo sabendo que não poderia votar nem ser votado. Sei que meu município deve e nós a partir de então vamos procurar regularizar a situação para voltar a ter os direitos naturais”,- disse o novo prefeito durante entrevista para o Blog Itiruçu Online.

O município de Santa Inês, ao menos para os municípios vizinhos, tinha uma imagem de gestão exemplar, levada à população, mas o resultado das urnas, de forma esmagadora, não mostrou a realidade. -“Essa imagem não era nem propaganda, de fato ela não aconteceu, a propaganda foi feita por blogs adquiridos que não condizia com a nossa realidade. Basta deixar entender que em Santa Inês nós lideramos os piores índices do Vale Jiquiriçá, temos o pior IDEB e o pior IDH do Vale Jiquiriçá, então, não há como ter uma gestão qualificada com os índices negativos que temos”, – comentou o prefeito.

Eleito com uma imagem de bom gestor educacional, Hérmeson Novaes Eloi agora terá grandes desafios bem diferentes de uma gestão escolar. Mas, o novo prefeito garantiu que, mesmo vindo da educação, começou a trabalhar para saúde por conta da fragilidade encontrada. -“Muito embora seja professor e venho da educação, e entendo a importância que ela (educação) tem para a construção de uma comunidade, temos a prioridade numero 1,  por conta de sua fragilidade, é  na saúde.  Estamos atacando a saúde de verdade, mas a educação também fará parte deste processo. Trabalharemos na educação, pois entendemos que é necessário fazer o trabalho principalmente nas suas camadas inferiores, na base e na pré-escola, criar uma educação consistente para que possa render frutos em termos intelectuais educacionais para o futuro”,- garantiu.

Em quase sua maioria, os novos prefeitos da Região, exceto os que foram reeleitos para ocupar vaga de aliados, relataram problemas sérios em seus primeiros dias nos cargos e decretaram estado de calamidade pública e financeira. Em santa Inês a situação não é diferente. O prefeito disse que encontrou um verdadeiro caos administrativo. -“Fizemos uma transição turbulenta. Tivemos a necessidade de acionar o Ministério Público para ter acesso a algumas informações, mesmo assim ficamos prejudicados por não ter todas as informações. Nós começamos a trabalhar logo após o processo eleitoral e fomos invadindo as instituições publicas de forma a buscar o conhecimento e conseguimos formar uma boa base, o que nos permitiu começar o primeiro dia de gestão já trabalhando. O que encontramos é uma situação de verdadeiro caos administrativo. Vamos agora trabalhar para recuperar o que fizeram com Santa Inês em 40 anos”, disse.

Durante a entrevista, o prefeito aproveitou para convidar a região aos festejos da Padroeira da cidade, que este ano recebe o nome de Festiva da Cultura. -“A festa tá chegando e esperamos que as pessoas de divirtam na paz com tranquilidade. É um momento de confraternização, as pessoas recebem no município seus familiares e de diversos lugares do país. A festa também movimenta a economia. Esperamos que as pessoas entendam que o processo de regularização de gestão é complexo. A festa passa, mas o trabalho vai continuar diuturnamente”, finalizou.

Em 2017, a tradicional festa da Padroeira de Santa Inês tão conhecida em toda região por seus diversos dias de festa, passará por uma transformação que visa colocar o evento de vez no calendário turístico do estado da Bahia, colocando a cidade na rota de eventos oficiais. A partir de agora o tradicional evento se chamará “Festival de Cultural de Santa Inês-BA” e além da tradicional festa da Padroeira, o Festival abrigará em oito dias de eventos uma série de iniciativas culturais da cidade. Seja na música, no folclore, na arte ou na gastronomia. A partir de 2017, durante o Festival, Santa Inês será a “sede” do Vale do Jiquiriçá em um grande evento multi cultural.

De 14 a 21 de janeiro, Santa Inês será a “capital do vale”. Isso porque o Festival de Cultura de Santa Inês receberá visitantes das vinte cidades que compõem a região do Vale do Jiquiriçá. A expectativa é que mais de dez mil pessoas por cada dia de evento, esteja presente na arena de shows onde acontecerão as principais apresentações musicais. Confira atracões no site da festa, clique aqui. 

Dias após a polêmica sobre a decisão do ex-prefeito de Milagres, Raimundo Silva Galego, que trancou a sede da prefeitura, e do restaurante popular da cidade, se dizendo dono dos dois imóveis, o ex-vice-prefeito, e atual secretário de Infraestrutura e Transporte do novo governo, Antônio Carlos Rodrigues, fez a denúncia de que Raimundo teria usado verbas da Educação para construir os prédios. Até a manhã desta quarta-feira (11), a prefeitura e o restaurante permaneciam fechados na cidade a cerca de 230 quilômetros de Salvador.

 
“Se fazia um contrato para a reforma das escolas, e aí a reforma da prefeitura entrava no meio dessa licitação”, explicou o Antônio Rodrigues. A acusação, no entanto, foi negada pelo ex-prefeito, que afirmou ter usado recursos próprios para as obras na prefeitura.“Nenhuma benfeitoria foi feita com dinheiro público em nenhum desses imóveis. Se ele comprovar que foi feito, que a lei permite que faça, eu vou devolver sem problema nenhum. Por que ele (Antônio Rodrigues) ficou 24 anos comigo? Porque se uma pessoa faz alguma coisa de errado eu não fico com ela, eu me afasto”, defendeu-se o ex-prefeito.

 
Raimundo apresentou duas escrituras para comprovar que ele é o proprietário do imóvel onde foi instalado o restaurante popular, e também de uma área com cerca de 80 mil metros quadrados, onde segundo ele, foram construídos dois prédios, o que sediava a prefeitura, e o outro, que abriga o pelotão da Polícia Militar, ambos cedidos em regime de comodato.
A assessoria jurídica do ex-prefeito ficou de enviar para o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) a documentação que comprova que ele é o dono dos imóveis, e que fez as obras de construção e melhoria com recursos próprios.

 
O MP-BA instaurou um inquérito no dia 5 de janeiro, e deu um prazo até o dia 18 deste mês para que Raimundo entregue a documentação. Enquanto isso, o atual prefeito de Milagres, Cezar Machado, alega que o prédio da prefeitura não pertence ao ex-prefeito, e que vai entrar com as medidas legais para retomar o imóvel. (mais…)

O advogado Marco Aurélio Wanderley Cruz Costa, de 23 anos, foi eleito o prefeito mais novo da Bahia para administrar o município de Itaquara, cidade situada no Vale Jiquiriçá, com 50.36% dos votos.  Sua eleição, no entanto, para a região foi uma surpresa, pois a ex-prefeita do município, a médica Iracema Araújo, gozava de um marketing positivo nas mídias sociais e na imprensa. Para o novo prefeito, o resultado das eleições não foi surpresa e classificou o governo anterior como apenas propaganda.  -“A gestão era somente propaganda, por isso que o povo de Itaquara mostrou à realidade nas urnas. O povo usou da democracia para mostrar a força popular. O povo mostrou que não estava satisfeito”, – disse o jovem prefeito.

O prefeito comentou em entrevista para o Itiruçu Online como encontrou o município após a saída da ex-prefeita, Dra. Iracema Araújo. -“As ruas continuam na situação vivida durante toda gestão: sem calçamentos, sem esgotamento sanitário e os devidos cuidados que o povo de Itaquara merece. Quanto à parte financeira, nossa equipe está finalizando os restos a pagar e estamos diagnosticando a real situação encontrada”, – declarou.

Jovem na política e ainda usando de poucas palavras para responder aos questionamentos da imprensa, Marco de Dr. Geo, como é conhecido na cidade, disse que vai trabalhar na geração de novos empregos e que não quer ser avaliados por 100 dias de governo. – “Não quero ser avaliado durante 100 dias, seis meses ou um ano, quero ser avaliado pelos quatros anos de governo. Queremos trazer para o município uma fábrica de beneficiamento de poupa de frutas. Já conversei com o secretário de Agricultura, deputado Victor Bonfim e já estamos encaminhando um ofício para secretaria solicitando a viabilização desta fábrica. Quero trazer cursos de formação profissional para o município, para que os jovens tenham qualificação para o mercado de trabalho. O município é pequeno e a prefeitura não cabe todo mundo, isso nos levará a buscar destes mecanismos para gerar emprego e renda. Temos que buscar incentivar o pequeno comerciante trazendo o SEBRAE e firmar parceria com o município para desenvolver o comercio local. É um  sentimento de gratidão a Deus e ao povo de Itaquara por esta oportunidade, é uma honra governar o município nestes próximos quatro anos.  Vamos trabalhar incansavelmente para fazer uma boa gestão. Espero ser avaliado não por 100 dias de governo, mas pelo resultado de um trabalho dos quatro anos. Teremos tempo para transformar a vida das pessoas e a história do município.”, – comentou.

Eleito com 48.64% dos votos para comandar a prefeitura de Irajuba, durante os próximos quatro anos, Jeronimo Souza dos Santos (PSD), mais conhecido como Jerinho, diz que está preparado para o desafio de governar o município e que vai focar na política de geração de empregos.  Em entrevista ao Itiruçu Online, o novo prefeito relatou que está finalizando um relatório de transição para ter em mão a real situação do município, mas já visualiza dificuldade  financeira.  – “Nossa equipe de transição está fechando o relatório final. O município de Irajuba como todos os outros de coeficiente 0.6 de receita passa por dificuldade financeira. O diagnóstico, obviamente, já apresenta essa dificuldade. Nós ainda temos passivos de gestões anteriores a de Sampaio, que vai nos acompanhar ainda ao longo de muitas gestões. A dificuldade existe e o relatório sendo concluído teremos os valores exatos de qual é o passivo que teremos que assumir”, – declarou Jerinho.

Jerinho segue confiante no plano de governo e garante que vai trabalhar com ações de inovação, ocupação e geração de renda para tentar solucionar um dos problemas do município, que é a geração de novos empregos.  – “A ideia que nós temos, e isso foi tema de campanha, é de incentivar a ocupação de geração e renda, especialmente no setor rural, pois somos um município ruralista e temos três matrizes econômica que nos permitirá injetar capital em ações estruturantes como geradoras de ocupação e renda, que são as culturas da Mandioca, peça fundamental da agricultura familiar; a cultura do Maracujá e por fim, a cultura do Abacaxi, que já estamos com avançada discussão com a Embrapa e ADAB no sentido de fazer o zoneamento desta cultura. Tivemos um avanço nas conversas com o Banco do Nordeste, principal financiador da agricultura no Brasil. Já existe uma pré-disposição em nível de superintendência de Banco na injeção de capital na ordem de nove milhões no município, especialmente na cultura do Abacaxi, onde nós iremos implantar aproximadamente 500 hectares, gerando diretamente 200 empregos”, – garantiu o novo gestor.

O novo prefeito quer que a população tenha paciência para a nova administração municipal iniciar a execução de serviços de forma mais efetiva. Jerinho pediu que os irajubenses prosseguissem tendo a confiança depositada nas urnas em seu governo. – “No discurso de posse pedimos que à população de Irajuba continue com a confiança que teve em nossa eleição e peço que continue tendo fé em nosso governo. Peço que todos mantenham a esperança e nos aguardasse tomar as medidas que realmente venham a culminar numa diferenciação na qualidade de vida dos munícipes”, – pontuou.

Jerinho comentou a escolha e a relocação de nomes nas secretarias de governo, com nomes que continuaram do governo Sampaio, mas garante que o novo governo terá sua forma de gerir. –“Houve um misto. alguns ligados diretamente à confiança e outros com o feedback  técnico e especialmente político. Conservamos   peças do governo anterior, que foram remanejados para outras áreas,  por entendermos que em outras funções eles desenvolveriam um papel melhor. No geral, fizemos uma troca do secretariado, apenas o de assistência social permaneceu no cargo, pois havia pouco tempo na função, os demais foram substituídos para funções estratégicas por percebermos que eles tinham as qualificadoras para a nova função e vão  ajudar a nova gestão de forma muito mais efetiva”, disse.

Mudou-se o ano, trocou-se de prefeitos, mas a palavra usada pelos novos gestores ainda é a “Crise”.  De certo, por alguns anos ainda ouviremos falar sobre a crise que tem tirado o sono dos brasileiros e deixado às cidades de menor porte em situação de difícil no quesito na geração de emprego e renda. Para ajustar as contas e arrumar a gestão, o prefeito disse que o enfrentamento a crise só terá êxito com ajuste fiscal.  “-Primeiro é o ajuste fiscal. É uma palavra que seria a frase do terceiro milênio: ajuste fiscal, criação e inovação, uma gestão voltada para atos de inteligência, atos de criação, geração de ocupação e renda, captação de recursos externos, firmar parcerias com universidades e institutos de pesquisas. A Política externa hoje será o diferencial na nossa gestão. Internamente estamos fazendo o processo de organização, mas a política externa é que vai dá o rumo que precisamos em nossa gestão, buscando recursos de emendas e parceiros que estude a injeção de capital em ações estruturantes”, – garantiu Jerinho.