Nesta segunda-feira (12) o município de Itiruçu respirou as eleições de 2024, quando finda o segundo mandato da prefeita Lorenna Di Gregorio (PSD), que até então, ao menos publicamente, não definiu o nome de sua sucessão, embora tenha, nos anos anteriores, confirmado o vice-prefeito Júnior Petrúquio (PSD) como seu sucessor natural. Há quem acredite que a alcaide mudou de conceito e agora conjectura outros nomes por questões de agnação e confiança.
O grupo da situação é tratado pela oposição, que enxerga qualquer nome que se apresente por Lorenna, de uma vantagem a oposição e, por isso, surgem vários nomes querendo ser o próximo prefeito de Itiruçu. Mas, é como diz Magalhães Pinto: Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou. E, no contexto atual, 2024 caminha para momentos históricos na política municipal. [lá, volte a data de hoje e relembre este artigo].
Durante uma entrevista cedida a Itiruçu FM, nesta segunda-feira (12), o ex-prefeito Wagner Novaes, do PSDB, se lançou mais uma vez pré-candidato e, sem nenhuma novidade no discurso, usado em todas suas eleições, jogou fogo para os pré-candidatos de oposição, com uma novidade estranha no processo. Wagner agora é amante da gestão do ex-prefeito Carlos Martinelli (PT), que em 2012, para vencer as eleições, pintou o governo Martinelli de incompetente e irresponsável com Itiruçu, convencendo à sociedade, através das fortes críticas a Carlinhos, que ele (Wagner) merecia um terceiro mandato; e o povo o elegeu, mas diante a baixa popularidade, recuou de tentar reeleição, deixando nas eleições de 2016, o candidato de seu governo, Enzo Tenisi, órfão de popularidade institucional que habilitasse qualquer nome ligado à gestão na disputa.
E agora, apesar de rasgar elogios a prefeita Lorenna Di Gregorio, Wagner utiliza-se dos mesmos métodos para voltar a concorrer a prefeitura em 2024, usando as seguintes anedotas: o jovem permanece indo embora da cidade sem oportunidades; a cidade não tem saúde, a educação precisa mudar; desta vez irei focar na agricultura; Itiruçu não pode mais viver de salários de aposentados e pensionistas do INSS; precisamos de fábricas e por aí vai. Mas, olhado bem para a história, foram três oportunidades, o que soma 12 anos sob seu comando para mudar a realidade. E mudou? Não! Também foi um péssimo governo? Não, conseguiu ser reeleito no primeiro mandato, mas no segundo migrou sua vida para Salvador e deixou a sucessão com dificuldade de continuar o governo seguinte.
Evidentemente e justo com a história, Wagner foi importante para Itiruçu, igualado a Pedro Pimentel Ribeiro (in memoriam) com três mandato. Em seus governos grandes obras foram feitas, fatos que ninguém apagará de seu currículo, e isso ainda mantém seu nome vivo na disputa.
E o que atrapalha? Bom, é interessante raciocinar que, Wagner esteve na gestão ao lado de grandes nomes que o ajudaram governar, e mesmo distante da cidade, onde passava maioria do tempo enquanto governou Itiruçu no último mandato, dedicado as suas empresas, e que estes nomes hoje, em sua maioria, não apoiam o nome de Wagner como opção de solução. Ter gestores ausentes da cidade e que divide suas atividades com a de gestor, é regressar mais anos da decadência administrativa que apenas favorece pequenos grupos dentro da prefeitura de Itiruçu. É continuar olhando as mesmas reclamações e sem ter a quem recorrer, é olhar a prefeitura gerida via WhatsApp e por um grupo reduzido de secretários.
A oposição é submissa a Wagner Novaes? (mais…)