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Contextualizando as manifestações com a História

alender

Um cartaz (cuja foto circula nas redes sociais) de uma manifestação contra o governo Dilma trazia os seguintes dizeres: “Intervenção Militar já! Todo poder ao povo nas ruas!”.

Antes de comentar o referido cartaz, vale contextualizar um pouco os acontecimentos. Os caminhoneiros pararam o país em um protesto contra o governo, a grande mídia além de dar ampla divulgação, apóia o ocorrido fazendo com que a população indignada promova um levante contra o governo. É o início de uma mudança drástica na História… Está identificando os eventos acima como os ocorridos nos últimos dias no Brasil? Pois eles ocorreram na década de 70 no Chile e culminaram no golpe, patrocinado pelos Estados Unidos, que derrubou o governo de Salvador Allende e colocou o Chile numa brutal ditadura sob o comando de Pinochet, este um assassino cruel que promoveu uma verdadeira carnificina de chilenos enquanto seu governo era totalmente subserviente aos Estados Unidos, e que dilapidou o país entregando as estatais ao capital estrangeiro.

Ainda trilhando o caminho da história, em 1954, Assis Chateaubriand, maior representante da grande mídia à época, afirmava “Vargas precisa desistir da Petrobrás”. De lá para cá, não são raros os ataques à estatal, as investidas do capital estrangeiro são fortíssimas, e alguns exemplos são emblemáticos, como a fracassada tentativa do então presidente Fernando Henrique Cardoso de transformá-la na “Petrobrax” e privatizá-la, entregando-a aos americanos.

O porquê disso é simples e notório, atualmente o petróleo é a riqueza que move o mundo. Por ele as grandes potências inventam guerras, promovem genocídios e mandam inclusive seus próprios jovens à morte, como os EUA fizeram com o Iraque sob argumento de que lá havia armas químicas, que jamais foram encontradas. Pelo petróleo os EUA estão levantando-se contra a Venezuela. Pelo mesmo, não perdem uma oportunidade de atacar a Petrobrás, e o caminho (no caso do Brasil) passa necessariamente por convencer a opinião pública de que a empresa é um estorvo para os brasileiros, e nisso são auxiliados por uma rede de corrupção que atravessou décadas dentro da estatal (mas que agora está efetivamente sendo combatida).

Pois bem, a breve contextualização histórica acima nos mostra que para além da luta contra a corrupção, há uma construção de um discurso de ódio contra instituições nacionais, e sobretudo contra a democracia das urnas, visto que é absurdo falar em impeachment de uma presidente, sem que esta tenha incidido em crimes comuns, a exemplo de roubo ou homicídio, ou nas previsões da Lei 1079/50 que disciplina os crimes de responsabilidade.

O cartaz citado no início mostra que boa parte dos indignados sequer conhecem o que estão reivindicando, pois “intervenção militar com todo poder ao povo” nada mais é do que um grande paradoxo e uma demonstração do desconhecimento das reais implicações de uma intervenção dessa natureza.

Por outro lado, vivemos em um país cujo parlamento é absurdamente caro e cheio de regalias custeadas com dinheiro público e eleito (em grande parte) com dinheiro de gigantes do capital. O resultado disso são deputados compromissados com a “causa” de seus financiadores, apegados ao conforto que a vida pública no Brasil lhes proporciona, tanto é que alguns (não poucos) passam décadas ocupando mandatos públicos, e colocando seus entes no mesmo caminho para perpetuar as benesses alcançadas.

Não bastasse (e talvez por) serem financiados em suas campanhas milionárias, a contrapartida aos financiadores é nefasta aos cofres públicos. Somos uma nação cujo parlamento é em grande parte voltado aos interesses dos ruralistas, dos banqueiros e das grandes empreiteiras.

Sob essa perspectiva toda e qualquer manifestação que se contraponha a isto é bem vinda, como deixou claro o Ministro da Justiça Eduardo Cardozo ao afirmar que o governo vai cumprir a promessa de campanha de lançar um pacote de medidas severas no combate à corrupção. O que não pode-se admitir é que a população sirva de massa de manobra de interesses antidemocráticos e que visam tirar dos brasileiros suas instituições mais fortes e respeitadas!

Cabe-nos lutar pela reforma política, cobrar do governo um combate efetivo à corrupção! Para tanto é mais do que necessário que seja respeitada a decisão da maioria nas urnas!

Dr. Alender Rodrigues Brandão Correia
Advocacia e consultoria jurídica
Colunista do Itiruçu Online

Itiruçu: homens armados assaltam Barraquinha no centro da cidade

Foto/Blog Itiruçu Online
Foto/Blog Itiruçu Online

Na madrugada do último domingo, dia 15, por volta das 01h30min da madrugada, dois elementos a bordo de uma moto, de dados ignorados, portando arma de fogo, assaltou a Barraquinha do Ito, localizada na Praça Adelmário Meira, centro da cidade.

Segundo informações, haviam apenas dois clientes no local e duas pessoas trabalhando na Barraquinha: o proprietário Ito e sua esposa de nome Gerusa. Ninguém reagiu ao assalto.

Os celulares dos clientes foram levados, além do dinheiro e a chave do carro. Da Barraquinha foi levada toda a quantia disponível, que não foi divulgada pelo estabelecimento.

Cinco pessoas ficam feridas na estrada Conquista-Barra do Choça

policiais

Um acidente envolvendo um carro de passeio deixou cinco pessoas feridas na tarde deste domingo, 15, na BA 265, trecho que liga Vitória da Conquista a Barra do Choça.

O veículo seguia em direção a Barra do Choça quando o condutor perdeu o controle da direção e saiu da pista.

O carro capotou antes de bater numa arvore.

Todos os ocupantes ficaram feridos. As vítimas foram socorridas pelo Samu 192 e encaminhadas a hospitais de Vitória da Conquista. Aparentemente ninguém corre risco de morte. Com informações do Blitz Conquista

Manifestações? Porque não discutir a partir das conjunturas locais?

manifestacao

Cá estamos nós após as manifestações de sexta-feira e domingo. O que mudou, o que mudará? Sinceramente, por conta das manifestações nada. Nada? Sim, nada, a não ser algumas amizades desfeitas no facebook e na vida real, fora isso, nada mesmo.

As manifestações de sexta-feira (13/03), pelo menos foram mais objetivas e transparentes do que as de domingo. Sexta os manifestantes, convocados pela Central Única dos Trabalhadores e mais alguns sindicatos reivindicavam mudanças de rumos da política, mas sem golpe à Democracia. Na pauta “reforma política”, “taxação das grandes fortunas”, “defesa da Petrobrás”, “punições mais severas aos corruptos” e “defesa de direitos trabalhistas”. As manifestações podem ser compreendidas como pró-governo Dilma? Sem dúvidas que sim, foram as forças sociais que elegeram Dilma que se manifestaram, mas não numa defesa cega, e sim no sentido de dar mais um voto de confiança para que o governo enfrente de vez os desafios que estão postos.

Nas manifestações de domingo (15/03) por mais que alguns tentem me convencer de que foi o povo nas ruas, quem acompanhou os atos pela mídia alternativa constatou claramente que não foi um ato puritano em defesa do Brasil. O primeiro ponto é que seus organizadores são ocultos, diferentemente das manifestações de sexta-feira 13. A própria grande mídia que deu 100% de cobertura aos atos (o mesmo não ocorreu quanto a sexta-feira) usava o termo “segundo os organizadores”. Alguém viu algum organizador sendo entrevistado ou tendo seu nome citado? Nem aproximavam as imagens dos carros de som para vermos quem estava em cima. Já que a grande mídia não menciona os nomes dos organizadores, na mídia alternativa correm especulações investigativas de que um dos grupos organizadores do movimento do dia 15, “Estudantes pela Liberdade” (EPL), é financiado por corporação petroleira norte-americana que ataca direitos indígenas, depreda ambiente e tem interesse óbvio em atingir a Petrobras. No site da revista Carta Capital encontramos uma matéria completa sobre essa questão, uma vez que a Veja, Folha de São Paulo e O Globo não nos permite um contraponto, uma vez que não publicam nada a respeito.

O que vimos nas manifestações do domingo foram claramente atos contra o governo que foram de “Fora Dilma”, “Impeachment” a “Intervenção Militar”, hostilização à todos que estivessem vestindo camisa vermelha, inclusive com vários casos de agressões. A própria grande mídia dizia “manifestações contra a corrupção, contra o governo Dilma”. Óbvio que no meio das multidões tinham pessoas pedindo “reforma política”, se posicionando “contra corrupção”, etc. Tinha gente pedindo prisão para o “Karl Marx de Garanhus” e “Basta de Paulo Freire”. As entrevistas com participantes dos atos que circulam nas redes sociais através da mídia alternativa demonstraram discursos de ódio, desconhecimento, preconceito e até ingenuidade, pois tinham pessoas que nem sabiam o que queriam. Incoerências como o pedido de intervenção militar sob o som de “Pra não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré, o hino contra a ditadura militar.

No entanto, deixando as incoerências, o que muda depois das manifestações do dia 13 e do dia 15? Pelo menos por enquanto nada. O governo mostrou que tem apoio e a oposição mostrou que também tem força. Contudo, ninguém teve a coragem de assumir efetivamente o compromisso com uma mudança real, com uma reforma política de verdade, por mais que panfletem e façam discursos inflamados sobre essa questão. Enquanto o país não tiver a coragem de enfrentar uma luta de verdade pela reforma política, não haverá mudanças, e sejamos sinceros, muitos que estão a frente destes movimentos não estão preocupados com isso.

Querem ver uma prova disso? Todas as pessoas conscientes sabem que é preciso uma reforma política que discuta seriamente o financiamento de campanhas. Alguns defendem o fim do financiamento privado, outros defendem o financiamento público, fim das coligações proporcionais, entre outras questões. O problema é que muitos inflamados discutem essa questão como se os problemas do nosso sistema político só acontecessem em Brasília. Não consigo ver a mesma indignação quanto ao contexto local, ou contextos locais. Quem financia as campanhas a nível local? A dinâmica é diferente do que ocorre em Brasília? Quem ganha as licitações, pregões nos governos locais? Quem são as empresas que prestam serviços aos governos locais? Ninguém discute isso, porque será?

Antes de pedir mudança lá, tenhamos a coragem de mudar aqui, ou que a mudança que esbravejamos para que aconteça lá, seja uma mudança que mude aqui também, que seja por uma reforma que transforme a estrutura do sistema político, acabando de vez com essas mazelas, que comecemos mudando a nós mesmos. Mas, enquanto isso acho que muitos preferem ficar discutindo o lá a pensar o lá a partir de cá, e mais ainda, em transformar o lá para mudar o cá. Precisamos ser mais honestos em nossas posturas. Como nos diz Paulo Freire, “uma coisa fica clara, é preciso diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, até que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática”.

Renê Silva, Pedagogo, Mestrando em Educação (UESB).

Colunista do Blog Itiruçu Online

Cerca de 1 milhão de pessoas protestam pelo País neste domingo

brasil

Centenas  de pessoas protestavam nas ruas de diversas cidades do país, neste domingo (15), em manifestações convocadas contra o governo da presidente Dilma Rousseff. De acordo com números da Polícia Militar, mais de 1  milhão de pessoas, em 24 capitais e no DF. A maior manifestação aconteceu na avenida Paulista. A via reuniu, segundo a PM, 1 milhão de pessoas.

O protesto aconteceu em pelo menos 150 cidades no País e no exterior. Vestidos com as cores da bandeira brasileira, os manifestantes que foram às ruas reclamam principalmente da corrupção, em meio ao escândalo na Petrobras investigado pela operação Lava Jato, e dos problemas econômicos enfrentados pelo país.

Os protestos têm mantido um caráter pacífico, ao contrário das manifestações ocorridas em junho de 2013, ocasião em que foram registrados atos de vandalismo e confrontos entre policiais e manifestantes. Mas, no dia em que o Brasil completou 30 anos do fim da ditadura, centenas de manifestantes pediram a volta dos militares ao poder. Muitos deles levaram cartazes e até carros de som, gritando pela intervenção militar. As manifestações deste domingo foram convocadas pelas redes sociais. A maioria dos grupos organizadores defende o impeachment da presidente, usando como argumentos uma suposta corrupção no governo do PT, o escândalo da Petrobras e os altos custos com impostos e tarifas, entre outras reclamações.

(mais…)

Itiruçu empata na Copa Máster do Vale Jiquiriçá; confira todos os resultados

Seleção de Itiruçu ficou no empate

A seleção de futebol Máster de Itiruçu empatou neste domingo em 1 a 1 jogando contra a seleção do Entroncamento de Jaguaquara, com mando de partida em Jaguaquara.

O domingo foi bem movimentado na Competição e, mais uma vez, as partidas foram realizadas de forma tranquila.

Confira abaixo dos os resultados da Copa Máster Vale do Jiquiriçá, edição 2015.

Porto Alegre   4 x 2 Asseb.

Jequié 2 x 1 Jaguaquara

Ceará 1 x 2 Itaquara.

Porto Alegre 4 x 2 Asseb

Ipiaú 0 x 2 Jitaúna.

Itiruçu 1 x 1 Entroncamento  de Jaguaquara.

Lafaiete Coutinho 2 x 2 Apuarema

Festival de Música Canta Vale Jiquiriçá tem dois itiruçuenses na final

keylla
Itiruçuense Keylla Batista está na final

Um Festival de Música promovido pela Jaguaquarense Núbia Louzado, atual chefe de cultura de Jaguaquara, despertou jovens talentos que não devem nada a grandes artistas. O evento reúne talentos de todo o território de identidade Vale do Jiquiriçá.

diego luz
Diego Luz garante vaga na final

Dois destes talentos representando o município de Itiruçu, na noite deste sábado 14, na cidade de Maracás, garantiram vaga na final da competição, que será realizada em Jaguaquara, no próximo dia 18 de Abril. Antes da final, Itiruçu receberá uma das fases do Festival de Música Canta  Vale Jiquiriçá, no próximo dia 28 deste mês, março.

Celia Mares
Jaguaquara Célia Mares garantida na final

A primeira eliminatória aconteceu ontem dia 14 de março na cidade de Maracás. Com auditório lotado 23 candidatos disputaram as 10 primeiras vagas para a final. Keylla Batista e Diego Luz já estão com vagas garantidas.  Dois jaguaquarenses também garantiram vaga na final, Abrahão Sales e Célia Mares.

Jaguaquara Abrahão Sales  também é garantido na final
Jaguaquara Abrahão Sales também é garantido na final. Fotos Marlon Mascarenhas-Itiruçu Online 

 Em Itiruçu serão selecionados mais 10 candidatos. Na final, os vinte candidatos disputarão o prêmio de 6 mil reais para o primeiro lugar. Vale ressaltar que os 12 melhores terão suas músicas gravadas em um CD que será distribuído em todas as cidades  do Vale Jiquiriçá.

 Matéria do Itiruçu  Online.

Queda de ônibus mata 49 em Santa Catarina; Acidente é maior tragédia de trânsito do estado

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Foto: Globonews

Pelo menos 49 pessoas morreram em um acidente com um ônibus de turismo em Santa Catarina. O acidente é tido com a maior tragédia de trânsito no estado em número de mortes e supera o acidente com um ônibus argentino em 2000, quando faleceram 42 pessoas. Segundo o G1, o ônibus caiu em uma ribanceira no km 89, na rodovia SC-418, conhecida como Serra Dona Francisca, que liga o Paraná e a cidade de Joinville, no norte de Santa Catarina. Por volta das 17 horas deste sábado (14), o veículo perdeu o controle em uma curva, em trecho de descida, e despencou em uma ribanceira com dezenas de metros de altura, local que pertence ao território do município de Campo Alegre (SC). Ainda segundo o G1, a dificuldade de acesso impediu a participação mais efetiva no resgate do helicóptero da Polícia Militar, que se deslocou de Florianópolis ao local do acidente. A rodovia, repleta de curvas e considerada muito perigosa, matou 66 pessoas nos últimos cinco anos, sem contabilizar as vítimas do acidente deste sábado.

Protestos são legítimos e mostram que Brasil vive uma democracia, diz Rossetto

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Na véspera do dia marcado para ocorrerem manifestações contra o governo em vários estados do país, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, disse que os protestos são legítimos e que o Brasil vive “ intensamente a sua democracia”.

Em entrevista transmitida ontem, sábado (14) pelo Repórter Brasil, telejornal da TV Brasil, Rossetto ressaltou que todas as pessoas têm direito de manifestar suas opiniões, favoráveis ou contrárias ao governo. “O Brasil vive intensamente a sua democracia e isso é bom, uma democracia viva, onde todas as pessoas, os movimentos, as organizações têm direito a opinião e manifestação. Portanto, manifestações pacíficas, contrárias ou favoráveis ao governo, ou aos governos, são legítimas”, disse o ministro, que é responsável pela articulação do Palácio do Planalto com os movimentos sociais.

Rossetto destacou ainda o caráter pacífico dos atos organizados no dia 13,  por centrais sindicais, entidades estudantis e movimentos sociais, que levaram milhares de pessoas às ruas em 25 capitais do país em defesa da Petrobras, da democracia e contra as medidas do ajuste fiscal anunciado pelo governo. “O caráter pacífico de todas as manifestações, que foram grandes, nacionais, em todas as principais capitais, nos traz satisfação”, disse Rossetto. Informes da Agência Brasil.

UPB e ANP discutem queda no repasse de royalties

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A presidente da UPB, Maria Quitéria, esteve na sede da Agência Nacional de Petróleo (ANP), no Rio de Janeiro na última segunda-feira (9/3). Acompanhada por uma comitiva de prefeitos, a gestora buscou explicações para a queda brusca nos valores dos royalties repassados aos municípios produtores da Bahia. Os questionamentos foram recebidos pelo Superintendente de Participações Governamentais da estatal, Carlos Alberto Xavier Sanches.

Na ocasião, foi agendado para o próximo dia 14 de abril a realização de um seminário em parceria da ANP com a UPB. A reunião no Rio de Janeiro contou com a presença de prefeitos e representantes dos municípios baianos produtores de petróleo, entre eles Esplanada, Entre Rios, Araçás, Santo Amaro, Jaguaripe, Itanagra, Sátiro Dias, Saubara, Maragogipe, Teodoro Sampaio, Itaparica e Riacho de Santana. Fonte: UPB.

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