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Itiruçu: Pré-candidatos a vereadores já exageram nas falsas promessas de empregos

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O Blog Itiruçu Online recebeu diversos questionamentos de moradores, em especial, do Bairro Andaraí, na cidade de Itiruçu, sobre algumas promessas de empregos que pré-candidatos estão fazendo para angariar votos das pessoas carentes. De acordo com relatos, as visitas já começaram antes mesmo do início legal da campanha, e o que é pior, estão exagerando nas promessas de empregos. Uma cidade do porte de receita que Itiruçu recebe se torna impossível que promessas de empregos sejam cumpridas após as eleições, em face de muitas mudanças que hoje imperam a gestão pública. Uma das mudanças será a extinção de contratos sem o concurso público, exceto para pessoas que serão nomeadas a cargos púbicos de chefias ou secretarias municiais. Outras promessas relatadas por eleitores são as contratações de veículos para prestarem serviços ao município, o que é apenas mais uma enganação, vez que, é real a mudança nestes tipos de contratos, ambos serão diminuídos ao extremo.

Para que você entenda mais sobre o que são promessas, recebemos um artigo, que vale sua atenção. Ele (artigo) é do jornalista Janguiê Diniz, que versa nos esclarecimentos sobre “A Política e as Promessas”.

Leia abaixo:

A política e as promessas

 Leia também> A promessa do candidato como crime eleitoral

Ano eleitoral é sempre a mesma coisa, independente da cidade. Centenas de candidatos, muitos concorrendo ao primeiro mandato e fazendo de tudo para ganhar os votos dos eleitores. Prometer faz parte das propostas eleitorais dos candidatos, mas como avaliar quais promessas são viáveis à execução e quais são apenas formas de encantar o eleitor?

Não é novidade que o povo está cansado de ouvir promessas. Porém, é de suma importância que nós, eleitores, tenhamos a mínima noção do que está sendo proposto e do que realmente é permitido a um candidato realizar, afinal só poderemos cobrar aquilo que é possível ser feito.

“Trocando em miúdos”, durante as campanhas, inúmeros candidatos prometem que irão fazer coisas, que se cada um deles conhecesse um pouco das suas futuras atribuições, existiria a possibilidade de não iludir os eleitores com promessas impossíveis de cumprir.

Desde 2010, é obrigatoriedade dos candidatos aos cargos do executivo apresentar programas de governo no ato do registro de suas candidaturas na Justiça Eleitoral. Entre as promessas mais comuns estão a redução dos impostos, talvez porque o peso da carga tributária sempre foi – e ainda é – uma das principais reclamações dos brasileiros; melhorias na saúde, que é precária tanto pela falta de profissionais quanto pelas condições estruturais dos hospitais; melhorias no trânsito, superfaturado pela quantidade de veículos inversamente proporcional ao número de vias; e a garantia da segurança publica de qualidade, que dispensa comentários.

E quando questionamos o porquê os políticos brasileiros não cumprem suas promessas de campanha, a resposta é simples: por mais boa vontade que os eleitos tenham, prometem coisas impossíveis de cumprir, ou seja, é inviável, prometer aquilo que não podem acontecer num curto espaço de tempo, por exemplo, a construção de 10 hospitais públicos em 4 anos.

Para evitar que promessas de campanha sirvam apenas para preencher o espaço da propaganda eleitoral já foi criado o “Portal Compromisso Público”, onde serão registradas as promessas e os passos dos políticos em todo país. Além deste, um projeto de emenda constitucional foi apresentado pela Rede Nossa São Paulo, que reúne mais de 600 ONGs. Ele exige que os políticos eleitos anunciem, em até 90 dias após a posse, um Programa de Metas e Prioridades para o mandato, além de propor que o cumprimento das promessas políticas seja obrigatório para o presidente, os governadores e os prefeitos.

Para finalizar, temos que ter consciência de que a política partidária não deve ser uma ponte para conseguir emprego e nem de interesses pessoais. Os políticos são representantes do povo – nossos representantes – e devem trabalhar em prol destes. Não podemos pactuar com a falta de bom senso e o despreparo evidente de muitos candidatos. Que prevaleça o bom senso.