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Itiruçu: Grupo G7 diz que está unido sem influência de lideranças e luta por respeito na Câmara

Realmente, os fatos ocorridos na última semana na Câmara de vereadores de Itiruçu foram atípicos aos últimos dois anos, onde reiunou a tranquilidade do presidente Ezequiel Borges (PR): o clima mudou da água para o vinho.  Tudo se iniciou com as renúncias de dois vereadores dos cargos que ocupavam, logo após a apresentação de um Projeto do presidente que alterava as normas regimentais, passando ele a poder convocar a eleição de renovação da mesa a qualquer tempo.  O vice-presidente da Câmara, Nino Mota (PCdoB), e o primeiro secretário, Jó de Jú (PSD), renunciaram, à época.

Começava ali (nas primeiras renúncias) a queda do presidente: um grupo de vereadores da Câmara, o G4, [Nino Mota, Jó de Jú, Robertão e Paulinho] ingressou na Justiça com uma liminar pedindo a anulação dos efeitos da eleição, que havia reeleito o presidente, Ezequiel Borges,  para presidência da Câmara e, também, da emenda modificativa à Lei Orgânica, que permitiu a convocação da eleição.

Na terça-feira (25/09) a Juíza Dra. Andréa Padilha Sodré Leal Palmarella, deferiu pedido de liminar e anulou a eleição antecipada  da mesa diretora da Câmara Municipal de Itiruçu, Biênio 2019-2020, considerando as denúncias feitas sobre o processo de eleição, em decisão avaliada analisando a defesa apresentada, que recorreu da decisão derrubando a liminar, deixando o pleito sub judice. A eleição foi realizada com a ausência de 04 vereadores que alegaram indisposição em votar na reeleição de Ezequiel Borges na presidência da casa.  Afirmando haver quórum simples na casa, a sessão ordinária foi aberta e prosseguida a eleição. Na mesma noite após eleição, juristas contestaram a eleição, a considerando nula e sem legalidade. No entanto, por meio de nota, o presidente afirmou ter ocorrido todo o processo seguindo os requisitos legais.

Cinco meses após a eleição, muitas articulações ocorreram nos bastidores da casa.  O grupo que era apenas 04 vereadores se transformou em G7.  Desta vez, mais três renúncias ocorreram, totalizando 05 num período de cinco meses, com as mesmas justificativas.

Usando do termo “em caráter irrevogável”, os vereadores Agnaldo Lopes, do cargo de vice-presidente; Antonio Hélio, cargo de 1º secretário; e Izíllio Vieira Júnior, do cargo de 2º secretário, justificando-os que, as renúncias, inclusive, eram pedidos de renúncias dos cargos para os quais foram eleitos para o Biênio 2019/2020,  que obriga o presidente eleito em criar condições e recompor a chapa, não havendo, sendo necessária a convocação de novas eleições, inclusive, para os cargos no atual mandato.  A primeira sessão depois das resignas dos cargos da mesa diretora será realizada na noite desta segunda-feira (12), às 19h.

O então G7, agora formado e liderado pelo vereador Nino Mota (PC do B), que demostra o desejo de ser o novo presidente da Câmara e está afiançado na confiança dos colegas, que estão assegurando a ele (Nino) lealdade suprema.  O grupo chamado de G7 é formado por apenas dois vereadores de oposição ao governo Lorenna Di Gregório, que são Roberto Silva (PSL) e Paulo Ézio (PSB), alinhados a Jó de Jú (PSD), Izíllio Vieira (PSD), Agnaldo Lopes (PSDB), Antonio Hélio (PSDB) e Nino Mota do PC do B.

Procurados pelo Itiruçu Online, o grupo G7, negou haver negociações de lideranças políticas nas decisões dos vereadores e, em conjunto, afirmaram que as decisões foram somente por se sentirem desrespeitados na Câmara. “Nossas decisões e união é por respeito na Câmara. Não estamos atendendo pedidos de que não vive o clima na casa. A decisão dos colegas de renunciar os cargos, assim como fiz, são por motivos que nós conhecemos e vivemos e são impossíveis e aceitar. Estamos unidos é para que haja respeito. Construímos uma união com vereadores que são contra politicamente, mas nem por isso perdemos a liberdade de respeitar os colegas. Precisamos dialogar, saber que o poder é emana do povo e para o povo devemos direcionar nossas ações. O G7 estar fechado sem influência de ninguém, nenhuma liderança pode se aproveitar disso ”, disse o líder do G7, Nino Mota.

Após o anúncio da União entre os sete vereadores, minutos depois começaram circular ataques cibernéticos com montagens nas redes sociais atacando o grupo. Diante informações denunciadas, os vereadores garantiram que já conhecem o autor e estão indo à justiça contra os ataques.  Segundo o grupo, é  inadmissível que por uma insatisfação com a opinião alheia, as pessoas sintam-se no direito de atacar e desonrar as outras. Isso é preocupante e não podem aceitar de forma alguma por ferir o regime democrático.