Escalado pelo governador Rui Costa como o novo integrante do seu time, no lugar de Osvaldo Barreto,cujo pedido de exoneração da Secretaria Estadual de Educação (SEC) já foi entregue, o senador Walter Pinheiro (sem partido) protocolou na última segunda-feira (25) um pedido de licença junto à Mesa Diretora do Senado. Conforme apurou a reportagem, a solicitação do parlamentar baiano foi com base no Artigo 13 do Regimento Interno da Casa. “Será considerado ausente o Senador cujo nome não conste da lista de comparecimento, salvo se em licença, ou em representação a serviço da Casa ou, ainda, em missão política ou cultural de interesse parlamentar, previamente aprovada pela Mesa, obedecido o disposto no Art. 40”, diz a minuta. A reportagem tentou falar com Pinheiro para confirmar se o pedido se deu em função da missão que lhe foi atribuída no governo baiano, mas o ex-petista não foi localizado.
O seu suplente, o ex-deputado Roberto Muniz, do PP da Bahia, recusou as ligações feitas pelo diário baiano. Por parte do executivo estadual, também, até o momento, nenhuma movimentação, pelo menos oficialmente, foi vista desde a notícia. Setores da oposição acusam o governo de utilizar a pasta em troca de apoio à presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado. Os senadores discutem a admissibilidade do processo de impeachment contra a mandatária brasileira e Pinheiro não deseja votar a favor da líder petista. Neste caso, se o senador assumir a Secretaria de Educação da Bahia, assumirá sua cadeira o suplente Roberto Muniz, do PP da Bahia, partido do vice-governador João Leão. Esta semana, durante a visita de Dilma a Simões Filho, o segundo na linha sucessória do Executivo baiano afirmou que Muniz não assumiria o mandato antes da votação do processo contra a presidente. “Não discuti absolutamente nada com Roberto [sobre voto no impeachment], mas eu acredito que quem vai votar é o senador Walter Pinheiro ainda”, afirmou Leão. As informações são da Tribuna da Bahia.