A tese central de boa parte dos candidatos a prefeito de Vitória da Conquista é de que há um “cansaço natural” no governo depois de vinte anos de um mesmo grupo político administrando a cidade – tese não partilhada pela campanha petista, por óbvio. Mesmo ex-fiéis parceiros, como PCdoB, PSB e PV, consideram que é hora de oxigenar a administração e a política local. A pesquisa de intenções de voto realizada pela P&A Pesquisa e Análise e bastante difundida e comentada na cidade também trouxe dados sobre essa percepção da população. 80% dos entrevistados afirmaram que gostariam que houvesse mudança de comando da administração municipal. Apenas 16% declararam desejar que a próxima gestão fosse de continuidade. 3.2% preferiram não opinar.
O instituto também buscou apreender a percepção que o eleitorado tem das parcerias entre as três esferas de governo: 33% dos entrevistados afirmaram ser importante para o desenvolvimento do município de Vitória da Conquista que o prefeito seja do mesmo partido que comanda administração estadual. Por outro lado, 30% identificam como importante que o gestor pertença ao mesmo partido que comanda o Governo Federal. Para 13.6%, ambos os entes federados são igualmente importantes para quem assumir a administração municipal em janeiro de 2017. O levantamento também tentou medir a influência de algumas personalidades políticas nos planos municipal, estadual e federal na escolha do candidato a prefeito. Foram citados o prefeito de Salvador, ACM Neto, o governador Rui Costa, o prefeito Guilherme Menezes, o presidente Michel Temer e o ex-ministro Geddel Vieira Lima.
À pergunta “você votaria, é indiferente ou não votaria num candidato a prefeito que tivesse o apoio de”, 46.7% declararam que votariam num candidato apoiado pelo prefeito de Salvador, ACM Neto, enquanto 24.6 afirmaram que não votariam. 28.6% são indiferentes. Já o governador Rui Costa influencia positivamente no voto de 31.2% do eleitorado conquistense; 29.9% são indiferentes e 38.9% não votariam num candidato apoiado por ele. No caso do prefeito Guilherme Menezes, 41% dos eleitores votariam num candidato apoiado por ele, mas 38.2% não votariam e outros 20.8% são indiferentes. A influência do ex-presidente Lula para um voto é 29.6%, enquanto 54.7% não votariam em seu candidato e 15.7% são indiferentes. O ministro Geddel Vieira Lima tem sob sua influência 22.7% do eleitorado, mas 45.3% não votariam num candidato apoiado por ele e 32% são indiferentes. O presidente eleito Michel Temer influencia positivamente 25.6% do eleitorado, mas 48% não votam em quem ele apoiar e 26.1% são indiferentes. Blog Fábio Senna.