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Vilas-Boas diz que liberou cloroquina quando não havia evidências de sua ineficácia

A desinformação tomou conta dos políticos e aliados em ataques diários. Desta vez, um dos deputados bolsonarista resolveu criar fatos para os simpatizantes na CPI da Covid e tirar o foco nas investigações, mas a cada momento os fatos são colocados no devido contexto, passando a imprensa a ser atacada pelo fanatismo em defesa das negligencias do governo frente a pandemia. As narrativas governistas buscam o confronto nas redes sociais e ataques aos adversários do presidente Bolsonaro ( Sem Partido), que inflama seus eleitores com desinformação e piadas.

O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, disse que, ao liberar cloroquina para o tratamento de pacientes internados com Covid-19 no início da pandemia, não havia evidências de que o medicamento fosse ineficaz no tratamento da doença.

Nesta quinta-feira, 20, na CPI da Covid no Senado, o senador Marcos Rogério (DEM) exibiu um vídeo no qual Vilas-Boas anunciava a liberação do uso da hidroxicloroquina associada com azitromicina para pessoas internadas com Covid-19. “Soube que um senador do Norte levou à CPI um vídeo meu, do início da pandemia, onde informo que adquirimos hidroxicloroquina para uso hospitalar em pacientes internados com Covid 19. Todos sabem que naquela época não havia evidências da ineficácia desses medicamentos. Mesmo assim, prudentemente, liberamos para uso hospitalar, sob responsabilidade do diretor médico”, disse o secretário, por meio de nota.

“Poucos meses depois, à luz das evidências acumuladas, emitimos uma recomendação contrária ao uso em qualquer circunstância e proibimos o uso no âmbito das unidades assistenciais de saúde do governo do estado”, completou.