As explicações dadas por representantes da mineradora Vanádio Maracás, acerca das providências tomadas para evitar a contaminação das águas do Córrego João, Rio Jacaré e Rio de Contas, decorrência do vazamento de uma solução com pH básico fora do piso impermeabilizado da unidade de produção da empresa, ocorrido no dia 22 de novembro passado, ainda não foram suficientes para tranquilizar a população ribeirinha, liderada pelas associações de produtores e de pescadores da região, que tem programada uma nova reunião na manhã de domingo (13/12), no distrito de Porto Alegre, município de Maracás, onde o assunto voltará a ser discutido.
A explicação técnica da empresa é de que, “o incidente foi provocado por um problema mecânico no filtro e pela queima de 2 bombas responsáveis por bombear a solução do piso para os tanques de armazenamento. Parte da solução transbordou para fora do piso, chegando à drenagem natural através de uma canaleta destinada para águas pluviais”. Explicam ainda em nota oficial que, em decorrência desse incidente, “a operação foi paralisada imediatamente e, para minimizar os efeitos do vazamento, foi instalada uma bomba portátil direcionando a solução remanescente no solo e na canaleta para os tanques de armazenamento, reduzindo o volume transbordado”.
No entanto, os danos causados no solo por onde a solução passou e a mortandade de animais e da vegetação que teve contato direto com a água contaminada, resulta na preocupação dos ribeirinhos que continuam cobrando providências no sentido de que análises da água consumida pela população seja feita e que sejam criadas alternativas para evitar novo incidente de igual ou superior proporção. *Jequié Repórter.