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ustiça determina prisão de suspeito de criar pirâmide financeira que pode ter lucrado R$ 200 milhões na BA

A Justiça do Rio Grande do Sul decretou nesta quinta-feira (31) a prisão preventiva de Danilo Santana, fundador da D9 Empreendimentos e um dos empresários investigados por criar, na cidade de Itabuna, no sul da Bahia, um esquema de pirâmide financeira, que funconava em vários estados do país, por meio da internet, e tinha como foco apostas em jogos de futebol. Conforme a Polícia Civil na Bahia, que investiga o caso, a pirâmide pode ter dado um lucro de cerca de R$ 200 milhões aos empresários envolvidos.
O decreto de prisão para Danilo foi expedido pelo juiz Ricardo Andrade, da 1° Vara Crime de Sapiranga. A polícia no sul do país foi informada que Danilo deixou o Brasil, e por isso, avisou a Interpol do pedido de prisão. Já a polícia de Itabuna entrou em contato com as polícias de outros estados para tentar localizar Danilo. O empresário foi indiciado pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O esquema começou em Itabuna e o empresário Isaac Albuquerque, dono da Tips Club, também do sul da Bahia, está sendo investigado. neste mês agosto, a Justiça havia negado o pedido de prisão preventiva de Danilo e Isaac.
Conforme a polícia, Danilo e Issac atraíam as vítimas com a promessa de ganhar dinheiro com apostas no jogos, prometendo aos investidores um ganho de 30% sobre os valores aplicados no negócio. Eles foram descobertos, segundo a polícia, porque costumavam ostentar dinheiro e bens.
Entre as vítimas que procuraram a polícia para denunciar o crime, estão moradores de estados como Amapá, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Minas Gerais e São Paulo, além da Bahia. Os investidores ficaram sabendo do golpe após uma reportagem sobre o caso, exibida na edição do domingo (13) do Fantástico. As vítimas contactaram a polícia baiana por telefone para saber o que fazer depois de ter caído no esquema.
De acordo com a polícia, para participar do esquema de apostas, as vítimas acessavam um site e criavam uma conta virtual. Por meio dessa conta, acompanhavam os lucros dos investimentos que faziam. Mas quando os investidores descobriram que não conseguiam sacar o lucro, paravam de investir. No entanto, o dinheiro aplicado já estava com os criadores do esquema. Conforme a polícia, durante as operações nas casas dos empresários foram apreendidos um drone, um computador usado para armazenar informações bancárias das vítimas, além de um jet ski e uma moto de luxo. O material foi encaminhado para análise. Informes do G1/Bahia.