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Tia Eron falta à comissão de ética e provoca críticas

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A ausência da deputada Tia Eron (PRB-BA), cujo voto era visto como decisivo para a cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na sessão desta terça-feira 7 do Conselho de Ética, foi criticada por adversários do presidente afastado da Câmara e apontada, em tom de piada, como mais uma estratégia do peemedebista para interferir no resultado da votação. Pela contabilidade feita por assessores do colegiado, Cunha tinha 10 votos a seu favor e outros nove seriam pela cassação de seu mandato. Se este cenário se confirmar, Tia Eron poderia empatar o resultado e deixar nas mãos do presidente do Conselho de Ética o voto de minerva. Araújo é claro adversário de Cunha.

Mas a parlamentar não compareceu e, caso a votação ocorresse hoje, votaria em seu lugar o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), aliado de Cunha e que foi o primeiro suplente do bloco de Eron a registrar presença. Marun chegou à sala quase uma hora antes do marcado. Em declaração após a reunião, a deputada assegurou que cumprirá com seu dever. “Estou em Brasília, a postos para cumprir com minha obrigação no Conselho de Ética e, caso a sessão de hoje fosse para votação, teria apresentado meu voto”, afirmou na nota. “Estou convicta da grande expectativa que há em nosso País, referente a esta Representação, e não me furtarei a cumprir com meu dever”, complementou.

Cunha é acusado de ter mentido à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, quando negou a existência de contas no exterior em seu nome, o que poderia caracterizar quebra de decoro parlamentar. O deputado, que foi o responsável pela sua defesa no colegiado, negou ser o titular das contas e afirmou que é apenas beneficiário dos recursos advindos de trustes. Ele disse que essa situação ficou “comprovada na instrução do processo no conselho”. ( Brasil 247).