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Tempo frio agrava os sintomas de asma: veja como prevenir

A temperatura mais baixa e o tempo seco, que caracterizam o inverno, ligam o sinal de alerta para a saúde. Entre as preocupações nesta época do ano está a piora dos sintomas em pacientes que sofrem de asma. De acordo com a pneumologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Marina Dornfeld, a estação conta com diversos gatilhos que estimulam as crises da doença, exigindo assim uma atenção redobrada na prevenção.

O sintoma mais conhecido e comum da asma, definida como uma inflamação crônica da via aérea, é a falta de ar. Porém, quem sofre da doença não fica restrito a essa manifestação, como explica Marina: “Além da falta de ar o paciente pode apresentar sibilância, que é o famoso chiado, aperto no peito e tosse. Todos esses sintomas podem variar de intensidade e ao longo do tempo.”

Para evitar esse transtorno durante a estação mais fria do ano é preciso seguir alguns cuidados e ficar atento a ações diárias. No topo da lista está seguir regularmente o tratamento e vacinar anualmente contra a gripe.

“A principal ação para evitar descompensações da asma no inverno é manter o tratamento regular a fim de deixar a via aérea menos suscetível a reagir a estímulos comuns, como baixa temperatura e tempo seco, exposição a ambientes com mofo e infecções respiratórias. Além disso, é imprescindível realizar a vacinação contra a influenza (gripe)”, ressalta a médica.

O tratamento, citado pela pneumologista, deve ser feito com medicações inalatórias incluindo corticosteroide associado ou não a broncodilatadores. Marina explica, no entanto, que o método de controle da asma sofreu recentemente uma mudança feita pela GINA – Global Initiative for Asthma, que guia a estratégia mundial sobre o problema.

“A nova recomendação aconselha que o tratamento não deve ser realizado apenas com medicação broncodilatadora de alívio (inalação ou ‘bombinha’ de crise), e sim incluir corticosteroide inalatório quando houver sintomas na asma leve, ou em baixas doses diariamente. É indicado para controlar os sintomas e prevenir risco futuro de eventos desfavoráveis. Mas é importante enfatizar que o controle deve ser mantido com a menor quantidade possível de medicamento”, finaliza a especialista.