A taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,6% no trimestre encerrado em fevereiro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio em linha com a mediana (12,6%) das estimativas do mercado financeiro captadas pelo Projeções Broadcast. As previsões iam de 12,0% a 12,8%.
Em números absolutos, o resultado representa 13,121 milhões de desocupados. Porém, segundo IBGE, houve melhora em relação ao mesmo período do ano anterior. Há menos 426 mil desempregados em relação a um ano antes, o equivalente a um recuo de 3,1%. O total de ocupados cresceu 2,0% no período de um ano, o equivalente à criação de 1,745 milhão de postos de trabalho. O contingente de inativos avançou 0,6%, 378 mil pessoas a mais nessa condição. O nível da ocupação, que mede o porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 53,9% no trimestre terminado em fevereiro.
Segundo coordenador de Trabalho e Rendimento, Cimar Azeredo, nessa época do ano o crescimento da taxa é um movimento esperado. “Sempre no primeiro trimestre do ano a taxa tende a subir, pois existe a dispensa dos trabalhadores temporários contratados para as festas de final de ano”, explicou. Em igual período de 2017, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 13,2%. No trimestre até janeiro de 2018, o resultado era de 12,2%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.186 no trimestre encerrado em fevereiro. O resultado representa alta de 2,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 194,1 bilhões no trimestre até fevereiro, alta de 4,1% ante igual período do ano anterior.