Opinião- Você já ouviu e leu através dos chamados queridinhos de cada um dos prepostos candidatos a prefeitura de Itiruçu as famosas narrativas de que estão todos preocupados com os destinos da cidade e, sobretudo, pregam desesperadamente ser o nome escolhido por eles, as melhores opções.
Mas, entretanto, você já se perguntou como acontece as escolhas e o que leva um grupo ser formado? Não temos tempo para discorrer, no momento, sobre a história e a vida política dos nomes citados como heróis para Itiruçu nas eleições de 2024, por hora, vamos tratar das lutas por espaço e representações dos partidos e seus deputados, que querem ampliar o número de prefeituras. São aliados que irão ampliar o campo político na eleição seguinte, em 2026.
Ou seja, a sociedade não pode abraçar, as cegas, causas dos projetos de poderes como solução a uma cidade que precisa urgentemente de gestão pública de organização e eficácia, ou irá se tornar num futuro bem próximo, um Bairro de Jaguaquara – Lógico que é uma expressão para visualizar o decrescimento populacional ocorrido entre os últimos censos.
Vamos lá!
O deputado Federal Jorge Solla (PT) precisa indicar nome de sua preferência na sucessão de Lorenna para não perder o campo político.
O principal represente de Itiruçu no Congresso Nacional, junto ao governo Lula e, mesmo sendo deputado federal, ainda cabe a ele representar Itiruçu também no governo Jerônimo Rodrigues, onde possui muito prestigio e é, sem dúvidas, um bom parlamentar.
Entretanto, há uma preocupação de Solla na sucessão municipal, pois, na linha natural da sucessão figura o vice-prefeito, Júnior Petrúquio do PSD, liderado pelo deputado Federal Antonio Brito. O apoio de Solla ao nome do vice-prefeito Júnior não é um desejo agradável, pois, além de não concordar com a escolha, ele já afirmou em entrevistas não optar por simpatizantes ao chamado Bolsonarismo, de onde Júnior Petrúquio se apresentou, embora tenha seguido, no segundo turno na Bahia, o apoio ao PT.
O segundo nome é do vereador Ezequiel Borges, também no PSD, mas que pode alterar a sigla para uma eventual disputa pelo PT- Ezequiel já é um petista natural. Borges foi o principal aliado de Jorge Solla, até mais que a própria prefeita Lorenna Di Gregorio, em disponibilidade e visibilidade nas eleições.
O que pesa contra Ezequiel? Do lado de gratidão, tanto de Solla quanto de Lorenna, nada! O vereador carrega em seus mandatos a aprovação e rejeição do governo local, comprando brigas até desnecessárias para defender o governo de críticas, além de ter assumido o papel de Lorenna em eventos regionais, no governo do estado e até em Brasília, no gabinete do próprio Jorge Solla.
Pare com isso Itiruçu Online: vocês estão defendendo a candidatura de Ezequiel? Não, apenas relatando o que ocorreu ao longo dos anos e, se nessa linha de raciocínio, o teor dos fatos agrada o vereador, é mérito de suas ações e não nossa escolha de popularidade. No jornalismo não se pode escolher proteger uma imagem, mas se alguém irá se beneficiar do que é verdade, também não se pode esconder!
Na briga de Solla pelo nome na sucessão municipal, ele só esqueceu de combinar com quem, historicamente decide: o executivo, hoje, Lorenna.
Pois é! Nessa linha entra claramente a indicação da atual prefeita Lorenna Di Gregorio, que inegavelmente, ainda goza de prestígio popular e leva consigo a força do poder. Por isso os nomes citados como aliados estão aguardando uma posição final de Lorenna para arregaçar as mangas ou, quem sabe, tomar outros caminhos na política local, a depender da escolha.
Solla busca ressuscitar nome do ex-prefeito para não perder o espaço
Por outro lado, Solla se viu no direito de buscar um terceiro nome que supostamente uniria todo o grupo, ressuscitando politicamente o ex-prefeito Carlos Martinelli (PT), que já declarou diversas vezes ter tomado ‘pavor’ de política. Mas, quando se trata de política, as formações podem mudar a todo momento.
Ou seja, teoricamente, temendo o não apoio de Lorenna a Ezequiel, Solla busca de forma insistente, que Carlinhos aceite disputar a eleição em 2024. Mas, no entanto, não significa que será, mesmo por ser opção de Jorge Solla, o nome indicado por Lorenna na disputa.
Carlinhos por sua vez nunca venceu uma eleição sozinho. Com apoio de Pedrinho, perdeu para Ailton Cezarino em 2004, quando disputou pelo PPS. Venceu em 2028 numa briga histórica no chamado grupo Gavião, sendo o nome indicado por Aílton Cezarino, que por mais alguns dias na disputa, iriam ter dificuldade de vencer a eleição.
O que isso significa? Que não basta escolher o nome, Solla tem que rebolar para eleger Carlinhos, e pior, no momento, indicar o nome contra o governo Lorenna.
Ninguém duvida de sua força de articulação pela manutenção do campo político. Até mudar os ares defendendo o que acredita.
Qual a disputa de Antonio Brito?
É intenção do PSD ampliar o número de prefeitos em 2024 e Itiruçu permanece no objetivo. O nome principal do partido é de Júnior Petrúquio, a quem Brito espera gratidão de Lorenna em forma de apoio. O deputado também não esconde que caso não seja Júnior, o vereador Jó de Jú e até o próprio Ezequiel, poderiam, se tiveram poder de construção de suas candidaturas, receber apoios. Mas, é claro, a manifestação clara que ambos não têm obrigações de seguirem nomes indicados por Lorenna ou por Solla.
Os caminhos podem mudar de direção!
Qual papel do deputado Federal Dal?
Bom, Dal recebeu apoios na cidade com a anuência de Lorenna. Seu nome começou a aparecer na disputa em 2024 quando o Secretário de Transportes, Ubiratan, decidiu, após passar por acusações de corrupção e processos na Polícia Federal, que deveria ser também candidato e que tem condições financeira de bancar uma campanha eleitoral, recebendo de Lorenna a benção para construir bases a uma possível candidatura. Vai conseguir? Numa convocação para prestar esclarecimentos à Câmara de vereadores, mostrou-se pouco habilidoso e só será candidato se Lorenna quiser, na força do poder. Ou seja, Dal precisa alinhar-se e defender seus cabos eleitorais, mesmo que não seja positivo o desfecho.
Mas, vocês não irão falar de oposição? Não! O grupo de oposição segue lendo tudo isso e quietos, pois na politica quem quiser ir longe, precisa as vezes apenas assistir, abastecer do que sobrar, unir e somar com quem puder, e ir a disputa numa salada mista, agradável ou não.
Em outro momento retornaremos com o desfecho e avaliando a oposição. Ou seja, talvez o que seja aliado hoje será oposição amanhã aliado de ontem oposição de hoje. Vamos com muita calma.
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Por Tiago Santos
Jornalista, Pedagogo, Educador Físico e especialista em Políticas Públicas.