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Sheila Lemos, a nova prefeita de Conquista, vai seguir a ciência

Na guerra à Covid, Sheila Lemos (DEM), a sucessora de Herzem Gusmão na prefeitura de Vitória da Conquista, já avisou: ‘Vou seguir a ciência’. Sinal de que a coisa mudou. O antecessor era defensor da cloroquina e negacionista, como Bolsonaro, o líder.

Sheila é do DEM de ACM Neto, que nem na prefeitura de Salvador, assim como o sucessor, Bruno Reis, que sempre seguiu as regras científicas contra a pandemia e, por isso, é (ou era) chamado pelos seguidores de Herzem de comunista. Ela já disse que não vai demitir ninguém, ao menos por enquanto. Mas são mais de 200 cargos em jogo e ao tempo em que ela estava interina, já havia atritos, com alguns se recusando a cumprir ordens.

Comoção — Semana passada uma irmã de Herzem divulgou áudio dizendo que ele estava melhor, já pensando até em voltar, mas quando soube de algumas coisas que se passavam em Conquista, piorou.

Com a morte de Herzem, a cidade parou, comovida.

Os imprevistos do sepultamento ajudaram nisso. A chegada do corpo estava prevista para o meio-dia de sábado e o enterro às 15h. O corpo só chegou às 19h e o enterro foi às 21h.

É nesse clima que Sheila dá os primeiros passos como prefeita. Na posse dela, nenhum familiar de Herzem apareceu, justo eles que se apegavam ao pai como os filhos de Bolsonaro. Mais: ainda tem o processo eleitoral movido pelo PT. Ela herda também.

A vitória que virou medo

Jornalistas de Vitória da Conquista dizem que a notícia da infecção de Herzem Gusmão pela Covid causou furdunço desde o início.

Herzem venceu o segundo turno em 29 de novembro, um domingo, e em dia de dezembro, a quinta seguinte, veio a Salvador e encontrou-se com ACM Neto, ainda prefeito, Colbert Martins, o vitorioso em Feira de Santana, e Zé Ronaldo. Dia 7, a segunda subsequente, anunciou que testou positivo. Deu numa corrida ao teste.

Essenciais por todos os lados

A julgar pelo que sugerem os deputados estaduais para incluir entre as prioridades da vacina atividades potencialmente essenciais, não vai falta setor sem cobertura.

O deputado Capitão Alder (PSL) quer a PM; Fabíola Mansur (PSB), professores e servidores; Osnir Cardoso (PT), as clínicas oftalmológicas; Carlos Geilson, motoristas e cobradores dos transportes urbanos; e Eduardo Salles (PP), o pessoal da logística do agronegócio. Se faltar algum, fale com eles.

Alba vota o Bolsa Presença

Adolfo Menezes (PSD), presidente da Assembleia, bota em votação hoje (10h) em sessão virtual, dois projetos oriundos do governo.

Um autoriza o governo a pagar as contas de água de carentes. Outro institui o Bolsa Presença, que vai pagar R$ 150 às famílias dos alunos pobres que cumprirem mais de 85% das atividades.

É a forma que o governo achou de estimular a participação de alunos pobres nas aulas remotas.

Corte de R$ 1,7 bi indica que não teremos o Censo

O Censo 2020 não aconteceu por conta da pandemia e, agora, o adiamento para 2021 sofre dupla ameaça: além da Covid, o relator da proposta do Orçamento 2021, o senador Márcio Bittar (MDB-AC), cortou R$ 1,7 bilhão de uma previsão total de R$ 2 bilhões. Ou seja, só deixa R$ 300 milhões, que obviamente não dá. Prefeitos baianos se dizem injuriados. Levantamento do site G1 no ano passado mostrou que, dos 5.560 municípios brasileiros, 493 têm mais eleitores do que habitantes. E 28 deles são baianos.

Maetinga, que, segundo o IBGE, é a menor população da Bahia, tem 2.764 moradores e 7.175 eleitores. Só perde para Rio do Meio (RN), que tem 2.088 moradores e 6.482 eleitores.

Para os municípios, gente é dinheiro.

REGISTROS

Murro na cara

Um dono de hotel de Salvador diz que em janeiro até se respirou um pouco após um 2020 de muitas perdas, mas a situação voltou a piorar muito: ‘Antes é como se fosse um golpe à tradição. Agora é como um murro na cara’. Março é um mês ainda de boa ocupação, mas este ano a Covid também sujou.

Bebê dentuço

Um bebê nascido na maternidade de Itororó, na região do cacau, virou motivo de curiosidade geral: ele já nasceu com um dente formado. Mas, no mais, é normal e passa muito bem.

Luto em Mortugaba

Os pouco mais de oito mil habitantes da cidade de Mortugaba, na divisa com Minas, choram a morte do psicólogo Rodrigo Brito Novais, 39 anos, tocador de violão que animava o velho normal lá. Foi mais uma vítima de Covid.

Vacinas perdidas

Nada menos que 113 doses de vacina contra febre amarela, raiva, HPV e também o Covid se perderam numa UPA da Rua da Linha. Motivo: faltou energia à noite e, quando os funcionários chegaram de manhã, a geladeira estava desligada e o estrago feito.

Com informações do Atarde.