No período de julho a setembro deste ano, a Bahia apresentou a segunda maior taxa de desemprego do país (18,7%). As informações são da PNAD Contínua, divulgadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira, 30. A pesquisa ressalta, contudo, que o percentual de desocupados manteve-se estável em relação ao segundo trimestre de 2021.
Ao mesmo tempo, a última PNAD Contínua, que traz alterações metodológicas devido à pandemia, revela que a ocupação no estado elevou em 6,5% devido ao aumento de trabalhadores domésticos e pessoas que trabalham por conta própria na primeira metade do segundo semestre. Apesar de não possuírem emprego, esses grupos são considerados desempregados pelo IBGE.
Em todo o país, existem atualmente 13,5 milhões de pessoas desempregadas, uma diminuição de 9,3% em relação ao trimestre anterior. As maiores taxas estão no Norte e no Nordeste. Pernambuco lidera o ranking nacional com 19,3%.
Os dados do último levantamento do IBGE foram coletados de maneira inédita e iniciam uma nova série de pesquisas. Devido à Covid-19, o mapeamento foi realizado por meio de entrevistas telefônicas. “A nova reponderação busca mitigar possíveis vieses de disponibilidade em grupos populacionais, intensificados pela queda da taxa de aproveitamento das entrevistas”, explica Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, de acordo com a Agência de Notícias do instituto.
Perfil dos desempregados
A PNAD Contínua revela o cenário de vulnerabilidade econômica entre homens e mulheres no país. 15,9% das mulheres estão fora do mercado de trabalho, contra 10,1% dos homens.
As disparidades raciais também refletem-se na taxa de desocupação. 10,3% das pessoas brancas no Brasil estão sem emprego, ao passo que 30% das pessoas negras não encontram oportunidades trabalhistas.
A pesquisa também divulga que, no último trimestre, pessoas que não terminaram a faculdade foram um pouco mais de 2x menos contratadas do que aquelas que se graduaram.