O ruralista Adelar Eloi Lutz, que pasou a ser investigado pelo Ministério Público do Trabalho por ter exigido que funcionárias filmassem o voto com o celular no sutiã e disse ter demitido eleitores de Lula, divulgou em suas redes sociais, nesta quarta-feira, 26, um vídeo de retratação. A publicação faz parte do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado com o MPT. Além da retratação, ele deverá pagar indenização de R$ 150 mil por danos morais coletivos.
No vídeo, ele afirma que suas atitudes foram ilegais e pediu para que as declarações anteriores fossem desconsideradas. “Eu venho a público para esclarecer a toda a sociedade brasileira que assediar trabalhadores a votar ou deixar de votar em qualquer candidato é ilegal. Nenhum empregador pode interferir no livro exercício do voto. Minhas declarações anteriores devem ser desconsideradas”, afirmou Adelar. Ele disse ainda que suas atitudes não foram apenas brincadeira, como chegou a alegar após a repercussão dos áudios, e assumiu que indenizaria a sociedade “pela ilegalidade praticada”.
“Tanto as pessoas que trabalham para mim, quanto aquelas que são empregadas em outras empresas não devem se sentir com agidas. Registrar o voto por filmagem é ilegal e ninguém pode exigir do trabalhador que ele declare o seu voto ou comprove em quem voltou para manter o emprego ou para ter qualquer vantagem”, frisa Adelar.