Para Rui Costa, candidato a governador pela coligação Pra Bahia Mudar Mais, o governador do Estado não deve ter limites na sua luta para atrair projetos e investimentos que beneficiem a população e promovam o desenvolvimento econômico e social. Com esta posição, ele criticou, durante entrevista ao programa Brasil Urgente, da TV Band, o ex-governador Paulo Souto que, na sua última gestão, foi incapaz de ir a Brasília e procurar o então presidente Lula para tentar viabilizar projetos, “ao contrário do que fez o governador Jaques Wagner, que conseguiu investimentos para implantar cinco novas universidades e muitos outros projetos importantes, como o da Ferrovia de Integração Oeste-Leste”.
Ao falar de suas propostas, Rui Costa afirmou que é desta forma que irá governar, tentando a todo custo viabilizar os grandes projetos que a Bahia necessita. “Se não houver recursos para projetos e ações, irei ao governo federal e se lá não for possível, irei buscar a parceria da iniciativa privada”, explicou, quando perguntado se iria dar prosseguimento, por exemplo, à proposta de construção da ponte Salvador-Itaparica: “Iremos fazer a ponte, porque ela é fundamental não apenas para quem mora em Salvador ou em Itaparica. Ela é importante para acelerar o desenvolvimento de regiões como o Baixo Sul”.
Em relação a um dos pontos mais importantes para o bem estar da população, a questão da segurança pública, o candidato petista reiterou que seu plano de governo prevê duas linhas de ação muito claras: “A primeira é investir ainda mais no aparelhamento das polícias, segmento que o ex-governador deixou ao abandono, implantando novas delegacias especializadas, fortalecendo o setor de inteligência, de modo a asfixiar o crime organizado, porque os dados revelam que cerca de 80% dos homicídios têm vinculação com o tráfico de drogas”. A segunda linha de ação, explicou Rui Costa, é investir na educação, com escolas em tempo integral e em programas de cultura, esporte e lazer, “de modo a impedir que as crianças e adolescentes caiam no canto da sereia dos traficantes”
Ainda em relação à educação, ele reafirmou seu propósito de ampliar para 150 mil o número de vagas no ensino profissional. Em 2006, havia apenas quatro mil vagas na educação profissional, hoje já existem 70 mil vagas, portanto a proposta de Rui é dobrar essa quantidade, “porque sei da importância, especialmente para os jovens de famílias carentes, ter chance de ingressar logo no mercado e poder ajudar seus pais, como eu fiz após ter cursado a Escola Técnica Federal da Bahia”.
Na entrevista, o candidato petista ainda discorreu sobre seus planos para fazer a Bahia avançar em setores como a saúde – “vou construir mais sete hospitais regionais e criar a Rede Saúde Para Todos, aproximando o atendimento médico da população do interior”- e de desenvolvimento de regiões como é o caso do semiárido. Como ele foi coordenador do Comitê de Convivência com a Seca, conhece bem as necessidades dos municípios do semiárido, que ocupam mais da metade do território baiano, e, além de garantir que irá construir dez novas grandes barragens e implantar o Canal do Sertão – que conduzirá água do Rio São Francisco até a Barragem de São José do Jacuípe – vai investir para que ações estruturantes, para criar mais emprego e renda nos municípios, fazendo com que as famílias não sofram prejuízos nos períodos de estiagem.