Propagadora contumaz de fake news nas redes sociais desde que aderiu ao bolsonarismo, a atriz Regina Duarte se humilhou ao entrar com nova representação no processo em que foi condenada a indenizar Janaína Diniz, filha da falecida atriz Leila Diniz.
Em dezembro de 2022, Regina Duarte compartilhou em suas redes sociais um vídeo do então presidente Jair Bolsonaro, onde utilizava uma foto da Leila, sem autorização, para defender o regime militar e a censura, tirando tudo de contexto. A imagem de um protesto realizado em 1968 por atrizes contra a censura na ditadura militar foi utilizada para defender o regime. Na foto, apareciam Leila Diniz, Eva Todor, Tônia Carrero, Eva Wilma, Odete Lara e Norma Bengell, que, no entanto foi manipulada, afirmando que “1964 foi uma exigência da sociedade” e que “as mulheres nas ruas pediam o restabelecimento da ordem”.
Eu não poderia deixar de defender a imagem de minha mãe nem deixar que alguém altere a história de acordo com o que quer. A utilização caluniosa da imagem de minha mãe é inaceitável e me deixa profundamente indignada. As pessoas precisam aprender a ter respeito pela memória das outras, pela imagem construída por toda uma vida”, apontou Janaína.
A ex-Global foi então condenada pelo Juizado Especial Cível da Lagoa, no Rio de Janeiro, a pagar indenização por danos morais. A sentença determina ainda que Regina Duarte faça uma retratação pública com “a publicação em todas as suas redes de vídeo em que explicita que Leila Diniz nunca apoiou a ditadura militar e que a fotografia utilizada no conteúdo infringente foi, na verdade, feita em um contexto de oposição ao regime e à censura”.
Na mais recente representação, divulgada pelo jornalista Ancelmo Gois, no jornal O Globo, Regina Duarte se humilha e implora para que a ação chegue ao fim.
Ela diz que já pagou R$ 56,4 mil e fez o pedido público de desculpas. No entanto, Janaína diz que a dívida total de Regina Duarte chega a R$ 122 mil.
Golpe do advogado
Em outubro, Regina Duarte acusou seu ex-advogado, Francisco Carlos Cabrera de Oliveira, de não ter encaminhado R$ 56.480 à Justiça do Rio de Janeiro.
Segundo a atriz, o dinheiro teria “desaparecido” sob a responsabilidade do advogado. Cabrera de Oliveira, por sua vez, rejeita as acusações, afirmando que não cometeu qualquer irregularidade ou apropriação indevida da quantia.
Em entrevista à coluna de Ancelmo Gois, no jornal O Globo, o advogado declarou que interpretou o valor como remuneração por seus serviços. Ele alegou que a secretária da artista cometeu um erro ao realizar os depósitos, e que a responsabilidade de transferir o dinheiro à Justiça caberia a outro advogado.
“O que eu recebi são meus honorários. Se formos fazer um encontro de contas, ela ainda me deve. Recebi a Regina e uma secretária dela aqui em Curitiba, e elas não pagaram nada. Tenho todos os comprovantes”, diz Cabrera.
Em 19 de setembro, após ser notificado extrajudicialmente por não ter repassado à Justiça a quantia em questão, o advogado Francisco Cabrera foi afastado do caso. A destituição ocorreu quando Célia Cândida Marcondes Smith, atual representante legal de Regina, entrou com uma petição na 6ª Vara Cível do Rio, contra o advogado.
Os advogados da atriz afirmam que Francisco Cabrera requisitou R$ 56 mil em 24 de junho, alegando que o montante seria depositado em juízo para cumprir uma ordem judicial. Contudo, no mês seguinte, os demais membros da equipe notaram que o valor não constava nos registros do tribunal.
Cabrera foi oficialmente notificado em 20 de agosto e novamente em 9 de setembro, solicitando que apresentasse comprovantes de um possível reembolso do dinheiro. De acordo com a equipe jurídica da atriz, ele não ofereceu explicações sobre o paradeiro da quantia. Do Revista Fórum.