Uma parte de uma ponte de Gênova, na Itália, desmoronou na manhã desta terça-feira (14) e deixou, até o momento, 26 mortos, de acordo com o governo da Ligúria, região onde aconteceu o desastre. Há ainda 15 feridos, 9 deles em estado grave. Os trabalhos de resgate continuam. Mais cedo, o governo da Ligúria chegou a citar informações dos bombeiros que indicavam 35 mortos, mas esse balanço foi posteriormente alterado. Entre os mortos há uma jovem menina, informou o vice-ministro de Infraestrutura e Transportes, Edoardo Rixi. A ponte Morandi fica em uma área densamente habitada de Gênova. Por ela, passa a rodovia A10, que liga cidades no Norte da Itália ao Sul da França. O incidente ocorreu por volta das 11h15 (por volta de 7h15 no horário de Brasília) durante uma forte chuva que atingia a região.
As equipes de resgate continuam buscando vítimas, então o número de mortos ainda pode aumentar. O número de sobreviventes não foi divulgado. Cerca de 200 agentes estão envolvidos nas operações de resgate.
A maior parte da estrutura caiu no leito do córrego Polcevera, mas trechos enormes caíram sobre casas, nos galpões e nas ruas abaixo. Luigi D’Angelo, funcionário da Defesa Civil italiana, disse à Reuters que havia cerca de 30 carros e entre 5 a 10 caminhões no trecho da ponte que desabou. O governo da Liguria informou que 432 pessoas, de 11 prédios, foram obrigadas a ficar fora de casa após a queda da ponte. De acordo com o jornal “La Stampa”, o colapso atingiu o estacionamento da Ansaldo Energia, uma das principais usinas de produção de energia da Itália. Aparentemente, o local estava vazio.
A estrutura, que atravessa a cidade portuária de Gênova, tem cerca 100 metros de altura e 1.182 metros de comprimento. Ela foi construída nos anos 1960, e o governo tinha iniciado uma reforma na obra em 2016.
“Não é aceitável que uma ponte tão importante não tenha sido construída para evitar esse tipo de colapso”, disse Rixi.
O ministro do transporte de Itália, Danilo Toninelli, considerou o incidente “uma terrível tragédia”.