Os servidores municipais permanecerão com as suas atividades paralisadas na quarta-feira (9/10) e a previsão é de que até sexta-feira não ocorra nenhuma alteração. Às 8h30 desta quinta, eles seguirão em direção ao prédio sede da Prefeitura onde farão protesto pelo não recebimento dos salários de setembro. Na segunda-feira (13) os servidores representados pela APLB, Sinserv e Sind-ACS/ACE farão avaliação do movimento decidindo se continuam a paralisação.
O Projeto de Suplementação do orçamento não teve nenhuma evolução na sessão extraordinária desta quarta. O presidente José Simões de Carvalho, explicou que o texto estava em mãos dos presidentes das comissões de Justiça e Finanças, para emitirem seus pareceres. O prazo de que dispõem é de cinco dias. O presidente da Comissão de Justiça, vereador José Wanderley disse que estava com o seu parecer pronto. Já o presidente da Comissão de Finanças, Ednael Almeida que havia na sessão anterior comunicado a impossibilidade de estar presente por questão de saúde, não emitiu parecer, sem o qual o projeto não pode ser apreciado.
Após anunciar contato telefônico feito com o vereador Ednael Almeida, o presidente José Simões levou ao plenário proposta de designação de dois vereadores para emitir parecer pela Comissão de Finanças, com sugestão de suplementação de 10% do orçamento destinado a quitação da folha de pessoal, o que não foi acatado por vereadores da maioria favoráveis a aprovação do índice de 22% constante do pedido original feito pela prefeita Tânia Britto. A divergência resultou em novo impasse, com o encerramento da sessão sem nenhum avanço. Também não estiveram presentes à sessão os vereadores Joaquim Caires e Deyvison Batista, este último com licença médica.
Após o encerramento da sessão vereadores, servidores da Câmara e Prefeitura permaneceram dentro do prédio do legislativo em face a uma barreira formada em frente à porta de acesso por alguns manifestantes que não permitiam a entrada ou saída de pessoas do local. Do lado de fora muitas outras pessoas se postaram aguardando o desenrolar dos acontecimentos ao tempo em que vaiavam e repetiam palavras de ordem. A Polícia Militar foi solicitada e quatro viaturas foram deslocadas para a Rua Dois de Julho para controle da situação. Com a presença dos policiais, os manifestantes passaram a entoar, “ão,ão,ão polícia é pra ladrão”. Gradativamente vereadores e funcionários foram deixando o local. O vereador Tinho (PV), que na saída conversou com a reportagem enaltecia o fato de ter sido, o único vereador que não recebeu vaias da plateia. Os pareceres do projeto de suplementação deverão ser votados na sessão da próxima terça-feira, 14.
Informes do Blog Jequié Repórter