Além de um termômetro importante para o aluno avaliar o andamento de seus estudos, os vestibulares de inverno podem ser a chance de garantir uma vaga na faculdade já no meio do ano. Para Priscila Câmara, professora de Literatura e Gramática do Stoodi – startup de educação à distância -, agora é a hora de priorizar as revisões. “A um ou dois meses do vestibular, melhor o aluno esquecer aqueles conteúdos que ainda não teve contato e focar em reforçar o conhecimento adquirido”, orienta.
Sobre as escolas literárias, comuns a todos os vestibulares, vale a pena começar pelas mais antigas e seguir uma ordem temporal. Outro ponto importante, destacado pela professora Priscila, é tomar cuidado com as obras obrigatórias. Resenhas literárias, filmes e, até mesmo entrevistas que abordem os autores e os livros exigidos, podem ajudar o aluno a ter mais repertório para a hora da prova.
Priscila recomenda também aos alunos que leiam de tudo um pouco para treinar a interpretação de texto. Para as disciplinas que exigem assimilação de conteúdo, aconselha que cada aluno descubra qual maneira de estudar é mais eficaz para ele. “Alguns escrevem sem parar o que leem, outros repetem os conceitos para si mesmo em voz alta. Eu, particularmente, gostava de escrever várias vezes o conteúdo e tentar reduzir cada vez mais o número de palavras usadas para dizer a mesma coisa até que conseguisse restringir os conceitos a um pequeno número de palavras-chave”, recomenda.
A professora dá ainda dicas específicas no terreno da língua portuguesa. “Quanto à ortografia, o ideal é focar na reforma ortográfica e para isso não tem escapatória: é repetir até decorar. Para revisar a gramática, melhor começar pelo mais simples e ir gradualmente abordando assuntos mais complexos. Primeiro, o aluno deve estudar as classes morfológicas, depois entrar no campo da análise sintática e tentar identificar as palavras em um contexto, para só depois subir o nível e passar para as orações subordinadas”, finaliza.
Braian Sanches Matilde, professor de Sociologia, concorda que, neste momento, procurar coisas novas para estudar não é a melhor estratégia. “Uma boa dica é revisar todo o conteúdo básico e deixar para reforçar apenas um ou outro assunto que não ficou muito claro. No caso da Sociologia, vale a pena elencar os autores clássicos da disciplina (Marx, Weber, Durkheim), entender suas ideias e depois evoluir para as sociedades modernas, as bases políticas e dar um apanhado geral sobre antropologia e assuntos correlatos”, diz.
Outra orientação do professor é descansar a cabeça nos dias anteriores à prova. “Faça a analogia com um halterofilista: não é puxando ferro na véspera que ele irá melhorar seu desempenho na competição do dia seguinte. Da mesma maneira que acontece com o corpo, o cérebro também precisa estar descansado para render melhor”, compara.
Morador de Sumaré, região metropolitana de Campinas, Rander Carneiro está tentando passar no vestibular de inverno em três instituições diferentes: Unesp (a qual realizou prova no último domingo), Universidade Federal de Uberlândia (3 e 4 de junho) e Universidade Estadual de Ponta Grossa (9 e 10 de julho).
“Achava que a prova da Unesp estaria um pouco mais fácil, me arrependi de não ter feito uma revisão mais detalhada ou de ter estudado utilizando as provas anteriores. Mesmo assim, pelo fato de a concorrência não ser tão acirrada no meio do ano, acredito que tenho chance de passar”, comenta. Agora, Carneiro está rachando de estudar para as próximas provas, priorizando revisões e focando nos conteúdos das disciplinas de exatas.
Sobre o Stoodi
Lançado em 2013, o Stoodi é uma startup de educação à distância que oferece videoaulas, plano de estudos e monitorias transmitidas ao vivo. A plataforma nasceu com o objetivo de democratizar o acesso à educação no país, oferecendo uma plataforma intuitiva e acessível para facilitar a vida dos estudantes em fase pré-vestibular e de alunos do ensino médio que precisam de reforço escolar. A plataforma já conta com 600 mil alunos cadastrados e 40 milhões de aulas assistidas, que correspondem a 5 milhões de horas de conteúdo.