O número de ataques a bancos nos primeiros 40 dias de 2015 chega a 24, de acordo com o Sindicato dos Bancários. A média é de 1,6 ataque por dia. O presidente da entidade, Augusto Vasconcelos, diz que espera ampliação dos investimentos do poder público e dos bancos para reduzir o índice. “Pretendemos que haja esforços entre governo e empresas para coibir ocorrências no setor”, afirmou.
O sindicalista vê como alternativas a instalação de câmeras de segurança nas fachadas das agências; implantação de vidros blindados ou lâminas de segurança nas entradas das unidades; isenção de tarifas de TED (Transferência Eletrônica Disponível) e DOC (Documento de Ordem de Crédito), o que diminuiria a circulação de cédulas; e a proibição do transporte de valores por bancários, passando a ser obrigatoriamente de responsabilidade de empresas especializadas. As declarações foram feitas após entrevista do secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, ao Bahia Notícias nesta semana.
De acordo com o gestor, em 2014 foram registrados 228 arrombamentos de terminal de autoatendimento. “Esse ano, nós estamos com uma diminuição de 40%, apesar dos estouros estarem acontecendo”, afirmou o secretário, que reconheceu o crescimento de 35% de crimes no interior do estado. Augusto Vasconcelos atribui a vulnerabilidade dos municípios à não adoção de medidas de segurança por falta de leis. Exemplo disso são algumas agências bancárias de Lauro de Freitas não terem porta giratória, já que a legislação municipal não torna a medida obrigatória.
Vasconcelos explica que os bancos brasileiros investem apenas 5% dos lucros na área de segurança, mas 95% desse investimento é destinado à proteção e sigilo na internet. “O investimento é muito pequeno nas agências e nos autoatendimentos”, conclui. No site do sindicato estão sistematizados os crimes contra bancos no estado. Dos registros listados no site até a última terça-feira (10), 16 foram explosões; três, arrombamentos; dois, assaltos e três foram tentativas frustradas. Informes do Bahia Notícias.