Itiruçu Online – Aqui Bahia Jornalismo de Qualidade e Responsabilidade Social

Prefeitura de Jequié visita patrimônio público para análise de reforma

O prédio público conhecido por ‘Casarão Nestor Ribeiro’, localizado na Rua Nestor Ribeiro, número 593, no Centro da cidade, adquirido pelo município, há cerca de 12 anos, na gestão do ex-prefeito, Reinaldo Moura Pinheiro, deverá passar, em breve, por uma restauração estrutural, a pedido da Secretaria de Cultura e Turismo. A edificação, de valor arquitetônico e histórico, foi residência de Nestor Ribeiro, um dos responsáveis pela emancipação político-administrativa de Jequié e ativo homem de negócios. Nestor Ribeiro, natural do município de Ituaçu, no sudoeste baiano, aportou em terras jequieenses na segunda metade do século XIX. O casarão foi construído no último quarto do século XIX, ostentando, portanto, o estilo das grandes construções soteropolitanas da época.

De acordo com o secretário de Cultura e Turismo, Alysson Andrade, que esteve visitando o casarão, na manhã desta quinta-feira, 25, juntamente com técnicos da Secretaria de Infraestrutura, a partir da conclusão dos trabalhos de conservação e restauração, o imóvel deverá abrigar a sede administrativa do órgão que, por sua vez, deixará de custear despesas com aluguel, promovendo, portanto, economicidade ao erário.

Em fevereiro deste ano, em consonância com a legislação municipal em vigor, sancionada em outubro de 2017, pelo prefeito, Sérgio da Gameleira, a Secretaria de Cultura e Turismo abriu processo de tombamento do bem imóvel, com o objetivo de proteger as características originais da edificação, evitando intervenções indevidas que pudessem prejudicar a memória do município, que muito já perdeu em relação ao seu patrimônio histórico e cultural, no decorrer dos anos. Apesar do relevante valor arquitetônico e histórico do casarão, a última reforma foi realizada em 2011.

De acordo com registros da história local, no interior do casarão, Nestor Ribeiro e Lindolfo Rocha, juntamente com outros cidadãos, trataram de assuntos de grande relevância aos problemas da então “Vila de Jequié”, tendo abrigado, em suas dependências, as primeiras sessões do ‘Clube União’. No interior do mesmo casarão, teria ocorrido, ainda, uma importante reunião que definiu a escolha do padroeiro de Jequié, Santo Antônio.