O ano está acabando e não deve deixar muitas saudades aos prefeitos e prefeitas da Bahia. Com a retração econômica, o repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) não cresceu, pelo contrário encolheu com a alta da inflação. Para completar, diversas pautas que tramitavam no Congresso, prometendo melhores dias, foram travadas com a crise política que se instalou no país. Em conversa com gestores de diversas regiões do estado, coletamos as expectativas da chegada de um novo ano com mais êxito para as administrações municipais.
Para a presidente da UPB, prefeita Maria Quitéria, 2016 será um ano de contingenciamento. “Que corte, mas de onde não for prioridade porque saúde e educação a gente não tem mais como cortar”, adiantou. Segundo ela, em 2015, a conjuntura levou a UPB a incentivar os prefeitos para fazer “não só política, mas fazer gestão”. “Levamos cursos de capacitação para municípios de seis regiões, em parceria com o Tribunal de Contas, e orientamos os prefeitos a controlar os gastos”.
Maria Quitéria também aponta a busca do diálogo para liberação de repasses como uma constante na ação da entidade. “Nós nos reunimos com diversos secretários. Fomos a reuniões com ministros e com a própria presidente Dilma para expor as dificuldades dos municípios da Bahia. Em 2016 não será diferente, bateremos na porta de quem for preciso para trazer soluções aos municípios”, completou.
Opinião semelhante apresentou o vice-presidente da UPB e prefeito de Rui Barbosa, José Bonifácio Dourado. Ele admite que a “instabilidade política” e as dificuldades do governo federal diante da crise econômica refletiram negativamente nas administrações municipais em 2015. Para o gestor, mesmo com os problemas citados, o executivo conseguiu passos importantes no Congresso para planejar uma melhora em 2016. Na Bahia, Bonifácio Dourado espera que o diálogo traga bons resultados. “Até pela posição de ministro que ocupa o ex-governador Jaques Wagner, esperamos fazer articulações para trazer melhorias ao nosso povo”, argumenta. Leia mais
