O risco de usar medicamentos sem eficácia comprovada para o tratamento da Covid-19 – que vêm sendo defendidos pelo prefeito de Brumado, Eduardo Lima Vasconcelos, e sua equipe médica – foi alertado, mais uma vez, pelo secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas.
O gestor citou os casos de pessoas que tem tomado Ivermectina e desenvolvido doenças no fígado, levando à necessidade de transplante do órgão. “Na dose que vem sendo preconizada para a Covid, a Ivermectina faz mal. Ela tem causado hepatite, necrose hepática e falência ou insuficiência hepática. Algumas pessoas precisaram ser transplantadas de urgência. No Brasil, como não existe transplante de urgência, as pessoas estão morrendo intoxicadas por Ivermectina. Não tem benefício nenhum”, enfatizou, destacando que o tratamento precoce com essas drogas tem sido uma lástima.
O prefeito Eduardo Lima Vasconcelos e a equipe médica da rede pública, com o apoio do secretário municipal de Saúde, Cláudio Soares Feres, voltou a defender o uso da Ivermectina no tratamento preventivo contra a Covid-19 e declarou que a gestão está disposta a fornecer o medicamento gratuitamente à comunidade. “Cláudio comprou, há pouco tempo, 15 mil comprimidos de Ivermectina. Agora, comprou mais 20 mil. Se for pra atender a população de Brumado, temos que pensar em 200 mil ou 300 mil. O remédio age de forma muito eficaz no início dos sintomas. Sou um exemplo disso. Não vacinei, vou vacinar quando chegar meu momento, mas tomo Ivermectina uma vez por mês”, disse, ao Achei Sudoeste.