Dezenove dos 20 fuzis roubados do Tiro de Guerra do Exército Brasileiro, na cidade de Serrinha (a 179 quilômetros de Salvador), foram encontrados em Feira de Santana (a 109 km da capital) na tarde desta quarta-feira, 15. Na força-tarefa montada para a recuperação do armamento, dois homens foram presos.
As sacolas com o armamento foram achadas no Alto do Papagaio, no bairro de Mangabeira, e na avenida Contorno, no bairro Cidade Nova, por meio de denúncias. “Com o cerco realizado em vários bairros, as armas foram abandonadas. Mas a operação só será encerrada quando o último fuzil for recapturado”, disse o chefe da Polícia Federal (PF) em Feira de Santana, Wal Goulart.
As armas do modelo Mosquefal M-964 , de uso exclusivo das Forças Armadas, serão devolvidas à 6ª Região do Exército Brasileiro e as buscas aos demais integrantes da quadrilha devem continuar.
A imprensa de Serrinha divulgou informações de que agentes da PF e militares da Companhia de Emprego Tático Operacional (Ceto) e da Companhia de Ações Especiais do Litoral Norte (Cael), prenderam, na madrugada de quarta, Anderson Machado Nascimento, 20. Mais conhecido como “Gaguinho”, o suspeito foi conduzido à Delegacia Territorial (DT), onde confirmou sua participação.
Ainda de acordo com os veículos de comunicação, Anderson confirmou ainda que o roubo foi planejado há cerca de quatro meses e ele foi o responsável por passar informações privilegiadas a um comparsa identificado por “Rasta”, alegado líder da quadrilha. Os demais integrantes do bando, segundo o suspeito, são de Feira de Santana.
O chefe da PF, Wal Goulart, confirmou a prisão de dois homens, mas não divulgou os nomes, pois ainda estava realizando o flagrante. O Comando da 6ª Região Militar alega que o Inquérito Policial Militar (IPM) tem o prazo inicial de 40 dias para ser concluído, porém pode ser prorrogado.
A unidade Tiro de Guerra foi invadida por homens encapuzados, na madrugada da última terça-feira, por volta da meia-noite. Relatos de testemunhas indicam que cerca de cinco homens escalaram um muro de aproximadamente dois metros de altura e surpreenderam os sentinelas, que estavam armados apenas com cassetetes.
No dia da ação, a rua em que a unidade do Exército é localizada chegou a ser interditada para que a circulação de veículos não atrapalhasse as diligências no entorno do Tiro de Guerra. ( Atarde).