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Planalto distorce reportagem e diz que revista The Economist sugere morte de Bolsonaro

O governo federal acusou nesse domingo, 6, a reportagem da revista britânica The Economist de “atacar o Presidente da República” e de querer “influenciar os rumos políticos do Brasil”. A Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) também distorce a publicação e afirma que a revista sugeriu a morte de Bolsonaro.

A Secom chega a insinuar que a The Economist faz “apologia ao homicídio do presidente” ao falar, de maneira figurada, que é preciso “eliminar” Bolsonaro. A revista, em momento algum, sugere que haja qualquer tipo de ação contra a integridade física do presidente. O uso da palavra “eliminar” é em um contexto eleitoral, de vencê-lo nas urnas na próxima disputa, em 2022.

A frase original é: “The most urgent priority is to vote him out”, que em tradução livre signigica que a principal prioridade do Brasil é tirar Bolsonaro da Presidência por meio do voto.

“A narrativa do texto, em suma, é a seguinte: o presidente seria um ditador que estaria matando o próprio povo; seus apoiadores estariam dispostos à guerra civil e o Exército estaria disposto a intervir caso o presidente perca as próximas eleições”, declarou a Secom.

A reportagem “Time to go”, que se traduz por “É hora de ir embora”, foi publicada em 3 de junho. O texto na capa traz a imagem a estátua do Cristo Redentor no Rio recebendo oxigênio e o título: “Brazil’s dismal decade” – “A década sombria do Brasil”.