A Petrobras anunciou aumento de 3,4% na produção média de óleo, LGN (líquidos de gás natural) e gás natural, no 1º trimestre deste ano, em relação ao 4º trimestre de 2021. A empresa atingiu 2,8 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no 1º trimestre de 2022. Os dados fazem parte do Relatório de Produção e Vendas, divulgado na 4ª feira (27.abr.2022). Eis a íntegra (686 KB).
“Este resultado se deu, principalmente, em razão da crescente produção dos FPSOs [navios plataformas] Carioca (campo de Sépia) e P-68 (campos de Berbigão e Sururu), localizados no pré-sal da Bacia de Santos, e da entrada em operação de novos poços no pós-sal na Bacia de Campos”, informou a companhia.
Também ajudou no resultado positivo a produção no Pré-Sal ter batido recorde mensal em janeiro de 2022, com 2,06 milhões de barris de óleo equivalente por dia; e recorde trimestral, 2,03 milhões de boed. Esse volume representa 72% da produção total da Petrobras, ante 71% no 4º trimestre do ano passado.
As refinarias da estatal estão sendo utilizadas com carga próxima ao máximo projetado. Em março deste ano, a empresa alcançou 91% de fator de utilização total do parque de refino na última semana do mês. O fator no 1º trimestre do ano foi de 87%, mantendo-se no patamar elevado observado no 4º trimestre de 2021 e 5 pontos percentuais mais alto que o registrado no mesmo período em 2021, quando houve paradas de unidades relevantes.
“A Petrobras está produzindo o máximo possível dentro de condições seguras, sustentáveis e econômicas. A definição do nível de utilização é uma decisão técnica e econômica, que leva em conta a demanda dos clientes da Petrobras, as alternativas globais de suprimento e preços de petróleo e derivados”, disse Rodrigo Costa, diretor de Refino e Gás Natural da Petrobras.
No curto prazo, outro fator positivo para o crescimento da produção foi a conclusão da interligação do FPSO Guanabara, cujo início da operação está previsto para maio, no campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos.
A plataforma, a 1ª definitiva do campo, tem capacidade para processar até 180 mil barris de óleo e 12 milhões de metros cúbicos de gás. Na 1ª fase, serão interligados 6 poços produtores e 7 poços injetores ao FPSO. Mero é o 3º maior campo de petróleo do pré-sal, atrás apenas de Búzios e Tupi.
“O FPSO Guanabara é a unidade de produção de petróleo mais complexa a operar no Brasil. A implementação de um projeto com essa tecnologia é resultado de mais de uma década de aprendizado no pré-sal. O projeto foi concebido visando aliar capacidade produtiva, eficiência e redução de emissões de gases de efeito estufa”, ressaltou João Henrique Rittershaussen, diretor de Desenvolvimento da Produção da Petrobras.