Pelo menos 2,3 milhões de medicamentos do kit intubação vão ser recebidos no Brasil, na noite desta quinta-feira, 15. Os insumos foram doados pela mineradora Vale, com apoio de outras empresas, como Engie, Itaú, Unibanco, Klabin, Petrobras e Raízen. De acordo com o Ministério da Saúde, os insumos serão distribuídos imediatamente aos estados com maior escassez de medicamentos.
É o caso de São Paulo. O estado informou, na quarta-feira, 14, que os 643 hospitais da região só tinham insumos para as próximas 24h. O secretário estadual de Saúde, Jean Gorintchteyn, avaliou a situação como “gravíssima”.
Em Mato Grosso do Sul, o estoque também é preocupante. O governador do estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), foi até a sede do ministério na terça-feira, 13, para pedir insumos. Em nota, a Vale disse que os fármacos são suficientes para abastecer 500 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) durante 1 mês e meio. Importados da China e certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os remédios são sedativos, neurobloqueadores musculares e analgésicos opioides, necessários para intubar pacientes.
A Vale também afirmou que os 2,3 milhões de medicamentos são parte de um quantitativo maior, de 3,4 milhões de doses, que serão doadas pelas empresas. A organização não informou a previsão de chegada da segunda leva de insumos. “Seguimos acompanhando atentamente o agravamento da pandemia no Brasil e entendemos que é urgente uma nova mobilização das empresas agora para apoiar o governo federal na recomposição de insumos para UTIs”, afirma Eduardo Bartolomeu, presidente da Vale.
