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Itiruçu: “Festa é quando se tem dinheiro sobrando e Itiruçu não têm”, diz prefeita, que assegura pagar salários em dia

A não realização da festa da Virada em Itiruçu foi o assunto mais comentado nas redes sociais e nos Bairros da cidade nos últimos três dias, desde os grupos de Whatsapp ao Facebook, de onde saíram comentários de jovens e pessoas da sociedade cobrando um movimento que unisse às famílias a espera de 2019, como em outros anos. E, como sempre, quando se trata de questões relacionadas às críticas políticas, as opiniões de dividem entre defensores  e cobradores.

Ao participar da Cerimonia de posse do novo presidente da Câmara nesta terça-feira (01), a prefeita Lorenna Di Gregório, como de praxe, fez um desabado sobre o assunto e classificou as cobranças como apenas de redes sociais e feitas por ‘meia dúzia de pessoas’, apenas. A prefeita  salientou que não se pode gastar com festa quando se tem contas a pagar e não dispõe de dinheiro em caixa, afirmando não haver recursos em caixa na prefeitura para gastar com festas.

[Na verdade, a lembrança do réveillon não era somente das redes sociais, mas à comunidade também cobrou através dos meios de comunicação, rádio e em suas páginas].

Outro assunto comentado pela gestora foi quando as cobranças no pagamento do salário dos servidores municipais, que passou do dia 31 para o 5º dias útil do mês seguinte para creditar nas contas, afirmando pagar rigorosamente em dia. Lorenna ainda comentou assuntos relacionados ao governo municipal e parabenizou a Câmara de vereadores e disse que os poderes devem caminhar juntos, frisando que em 2019 irá realizar obras de calçamentos através de financiamento.

Ouça abaixo o áudio abaixo  do cometário da prefeita Lorenna Di Gregorio:

Ausência do PT na posse de Bolsonaro ‘não é boa’ para a democracia, diz Rui

Foto : Tácio Moreira / Metropress

O governador Rui Costa criticou, hoje (1º), a decisão do PT de não comparecer à posse do presidente Jair Bolsonaro. Na opinião do chefe do Executivo estadual, trata-se de uma postura que não é boa para a democracia.

“Na posse de Dilma também houve partidos e parlamentares que não compareceram. Isso em um ambiente democrático não é bom, como não é bom também você fazer campanha dizendo que vai eliminar, metralhar adversários políticos seus. Isso cria um ambiente que ultrapassa o limite do debate político e dá vazão a esse tipo de comportamento”, afirmou. Neste ano, Rui mudou o horário da posse para o período da tarde, o que impossibilitou o seu comparecimento à cerimônia de Bolsonaro.

O governador disse não ter mandado mensagens de felicitação ao presidente recém-empossado, mas se colocou à disposição para qualquer reunião sobre políticas voltadas à Bahia e à região Nordeste. “O que eu espero do novo presidente do Brasil é que ele cuide do povo brasileiro, desejo sorte, que as coisas funcionem. No que depender de mim, como cidadão, como governador, para as coisas darem certo, eu vou ajudar. Agora, serei sempre uma voz ativa, atenta e firme em defesa da Bahia, dos baianos e do Nordeste. Não vamos aceitar que a Bahia perca, não vamos aceitar discriminação. Mas sempre que for chamado, estarei disposto a colaborar para a melhoria do Brasil”, afirmou.

Posse de Bolsonaro: jornalistas têm circulação restrita e relatam ameaças

A poucas horas da posse do presidente eleito Jair Bolsonaro, jornalistas que estão em Brasília para a cobertura do evento se queixam de condições insalubres de trabalho, restrições de circulação e ameaças.

Por meio do Twitter, profissionais relataram que foram confinados no Palácio Itamaraty, com acesso restrito a água e banheiro, além de ter alimentos jogados no lixo durante revista no Palácio do Planalto. Segundo eles, apenas os jornalistas de veículos que apoiam o presidente eleito teriam livre circulação na Esplanada e na Praça dos Três Poderes.

Informações do jornalista Vicente Nunes, do Correio Braziliense, apontam que profissionais de sites e jornais estrangeiros abandonaram a cobertura devido às más condições de trabalho oferecidas pela equipe de Bolsonaro. Foi o caso de jornalistas de agências da China e da França.

Vicente ainda relatou que os profissionais receberam ameaças caso saíssem dos locais designados a eles. “Quando chegaram aos ‘chiqueiros’ nos quais foram confinados, jornalistas foram avisados: não pulem as cordas, se pularem, levam tiro. A que ponto chegamos. E tem gente que defende esse tipo de tratamento autoritário”, escreveu no Twitter.

As alegações oficiais sobre as restrições de circulação para a imprensa e o rigor nas revistas se devem à garantia da segurança do presidente eleito, de acordo com a equipe de organização.

Confira os relatos dos jornalistas: (mais…)

Itiruçu: Vereador Nino Mota toma posse como novo presidente da Câmara

Nova mesa diretora. Fotos são do Itiruçu Online.

O vereador Nino Mota tomou posse como o novo presidente da Câmara de Itiruçu em cerimônia realizada na manhã desta terça-feira, 01. Ele assume no lugar do vereador Ezequiel Borges (PSD), que ficou no cargo durante dois anos no biênio de 2017-2018.

Mesa diretora

Além do presidente, também integram a nova mesa diretora os vereadores Jó de Jú, vice-presidente; Duda de Zhili como primeiro secretário; e Helinho segundo secretário. A nova mesa diretora será responsável pela direção dos trabalhos legislativos e serviços administrativos da Casa de Leis durante o biênio de 2019-2020.

Nino só agradeceu na sessão de posse.

A cerimonia contou com a presença de autoridades municipais, a exemplo da chefa do executivo, Lorenna Di Gregorio, do vice-prefeito Júnior Petrúquio e demais vereadores, ressaltando as ausências do vereador Paulinho, justificada; além de Ito do Feto, que não compareceu a posse da nova mesa. Secretários municipais também estiveram presentes.

No discurso de posse, o novo presidente foi cauteloso e apenas agradeceu os votos recebidos dos colegas e prometeu um trabalho de diálogo entre os poderes e com à comunidade.  Nino é filiado ao PC do B e aliado da prefeita Lorenna Di Gregorio.

Como foi decidido que janeiro seria o primeiro mês do ano

Pouco antes desta data, pessoas em todo mundo saúdam o Ano Novo com fogos de artifício, abraços e brindes. Mas você já se perguntou por que 1º de janeiro é o dia que marca o começo do ano?

Tudo se deve aos festivais pagãos romanos e ao calendário que o imperador Júlio César introduziu há dois mil anos. Mas também é preciso dar crédito a um papa chamado Gregorio XIII.

Os romanos

Para os antigos romanos, janeiro era importante porque era o mês consagrado ao deus Janus (daí vem Ianuarius, que significa janeiro em latim).

Na mitologia romana, Janus é o deus de duas faces, dos começos e dos fins, das transições.

“É associado a olhar para frente e para trás”, explica Diana Spencer, professora da Universidade de Birmingham, na Inglaterra.

“Então, se há um momento no ano em que se deve decidir que ‘aqui começamos de novo’, é lógico que seja esse.”

Também coincide com o tempo na Europa quando os dias começam a se alongar após o solstício de inverno.

“Para Roma, isso tinha uma ressonância poderosa, porque acontece depois daqueles terríveis dias curtos, quando o mundo está escuro, frio e nada cresce”, diz a professora.

“É uma espécie de período de pausa e reflexão.”

Quando os romanos ganharam mais poder, começaram a espalhar seu calendário por todo seu vasto império.


Mas na Idade Média, após a queda de Roma, o cristianismo se estabeleceu com força e o primeiro de janeiro foi considerado uma data muito pagã.

Muitos países onde o cristianismo predominou queriam que o Ano Novo acontecesse no dia 25 de março, que marca a aparição do arcanjo Gabriel à Virgem Maria.

“Embora o Natal seja quando Cristo nasceu, a Anunciação é quando se revela a Maria que ela vai dar à luz uma nova encarnação de Deus”, disse Spencer à BBC.

“Esse é o momento em que a história de Cristo começa, por isso faz muito sentido que o novo ano inicie aí.”

O papa

No século XVI, o papa Gregório XIII introduziu o calendário gregoriano e o primeiro de janeiro foi reestabelecido como Ano Novo nos países católicos.

No entanto, a Inglaterra, que havia se rebelado contra a autoridade do papa e professava a religião protestante, continuou a celebrar a passagem do ano no dia 25 de março até 1752.

Naquele ano, um ato do Parlamento alinhou os britânicos com o resto da Europa.

Hoje, a maioria dos países é governada pelo calendário gregoriano, e é por isso que os fogos de artifício tomam o céu no dia 1º de janeiro de cada ano.

No discurso de posse, Bolsonaro pede apoio para reconstruir o país

Logo após fazer o juramento de posse no Congresso Nacional, Jair Bolsonaro  foi empossado às 15h10 presidente do Brasil. Ele jurou “manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro e sustentar a União, a integridade e a independência do Brasil.” O mesmo foi feito por seu vice, Hamilton Mourão.

Em seu primeiro discurso como presidente da República, Bolsonaro, em cerca de dez minutos, anunciou, sem detalhar, que fará reformas estruturantes e criará um circulo virtuoso de confiança na economia. Ele pediu o apoio do povo unido e do Congresso para reconstruir o país. Segundo ele, os “enormes desafios” poderão ser superados com a “sabedoria de ouvir a voz do povo.”

“Aproveito este momento solene e convoco os congressistas para me ajudar na missão de restaurar e de reeguer a nossa pátria. Libertando-a definitivamente do jugo da corrupção, da criminalidade, da irresponsabilidade econômica e submissão ideológica”, afirmou.  “Vamos unir o povo, valorizar a família, respeitar as religiões e a nossa tradição judaico-cristã, combatendo a ideologia de gênero, resgatando os nossos valores. O Brasil passará a ser um país livre das amarras ideológicas”, acrescentou.

Ao começar a ler, de óculos, seu pronunciamento, o presidente saudou as autoridades e chefes de Estado presentes e sua família, em especial a esposa Michelle – a quem,  fez questão de destacar, conheceu na Câmara dos Deputados. Além de reafirmar o tom de seu discurso de campanha, Bolsonaro reiterou o compromisso com pontos de seu programa de governo, como a defesa do porte de armas, o apoio à ação dos  policiais e das Forças Armadas, o redirecionamento da política externa e mencionou ainda eventuais mudanças na educação pública.

“Reafirmo meu compromisso de construir uma sociedade sem discriminação nem divisão. Daqui adiante nos pautaremos pela vontade soberana dos brasileiros que querem boas escolas capazes de preparar seus filhos para o mercado de trabalho e não para militância política, que sonham com a liberdade de ir e vir sem ser vitimados pelo crime, ” enumerou.

Bolsonaro destacou a questão do porte de arma, que pretende autorizar, segundo já anunciou, por meio de decreto presidencial. “O cidadão de bem merece dispor de meios para se defender, respeitando o referendo de 2005, quando optou nas urnas pelo direito à legitima defesa.”

Economia

Sobre economia, ele disse o seguinte: “Na economia, traremos a marca da confiança, do interesse nacional, do livre mercado e da eficiência. Confiança no cumprimento que o governo não gastará mais do que arrecada e na garantia de que as regras, os contratos e as propriedades serão respeitadas.”

E acrescentou: “Realizaremos reformas estruturantes, que serão essenciais para a saúde financeira, e sustentabilidade das contas públicas, transformando o cenário econômico e abrindo novas oportunidades. Precisamos criar um círculo virtuoso para a economia para permitir abrir os nossos mercados para o cenário internacional, estimulando a competição, a produtividade e a eficácia sem o viés ideológico. Bolsonaro destacou a importância do agronegócio para o país. “O setor agropecuário terá papel decisivo, em perfeita harmonia com a preservação do meio ambiente”, disse.

Equipe técnica

Ele afirmou ainda  ter montado uma “equipe técnica, sem o tradicional viés político, que tornou o Estado ineficiente e corrupto.”  Prometeu valorizar e resgatar a credibilidade do Congresso.  Bolsonaro defendeu ainda “um pacto nacional entre sociedade e os Três Poderes e disse que sua prioridade será “proteger  e revigorar a democracia brasileira”, para que se tenha uma sociedade” justa  desenvolvida”, com saúde e educação, que estabeleça uma ruptura com as práticas antigas – referindo-se à corrupção. Neste “novo capítulo”, frisou o presidente,  “o Brasil será visto como pais forte, pujante, confiante e ousado”.

Como sempre tem feito, ele agradeceu aos profissionais de saúde e a Deus por ter salvado sua vida e se disse “fortalecido e emocionado”. Desta vez, foi mais enfático sobre o atentado a faca que sofreu em Juiz de Fora.

“Inimigos da pátria, da ordem e da liberdade tentaram acabar com a minha vida.”, afirmou. Jair Bolsonaro disse ter sido defendido pelos brasileiros. Nada aconteceria sem esforço e o engajamento de milhares de brasileiros que tomaram as ruas para defender a democracia”, afirmou.

Confira a íntegra do discurso:

Senhoras e Senhores, (mais…)

Réveillon 2019: Itiruçu não realizará festa; confira programação de festas gratuitas na região

Quem estava acostumado a passar o Réveillon em Itiruçu com festa da virada, neste ano não será realizada.  A Prefeitura da cidade não divulgou nenhuma programação festiva de ano novo.  Assim como em Itiruçu, Lajedo do Tabocal e Planaltino não divulgaram festas.

Quem quiser curtir festa nas cidades da região grátis, os municípios de Lafaiete Coutinho, menor cidade do Vale e Maracás divulgaram as atrações dos shows da Virada para seus munícipes, que receberão 2019 em clima festivo e queima de fogos.

Em Lafaiete Coutinho se apresentam Miquéias Muniz, Tonzinho Santana e Forró Elite. Já na cidade de Maracás, Cristino Oliveira e Aboio de Vaqueiro festejam a chegada de 2019.

Quando Jequié foi Capital 

A história do nosso país nunca foi monótona. Guerras e conflitos sempre foram uma marca registrada em nosso cotidiano.

1912 em especial, foi um ano turbulento. A cidade de Jequié, à época um insignificante amontoado de casas, sem estradas, energia ou telégrafo, NUM SUSTO, tornou-se a CAPITAL DO ESTADO DA BAHIA através de um decreto expedido pelo Deputado e Presidente da Câmara Aurélio Rodrigues Viana, natural daquela localidade, quando tentava através de uma manobra política evitar a posse do opositor para o cargo de Governador do Estado.

Foi o bastante para se acender o estopim da crise que deu início às retaliações provocadas pelo grupo de J. J. Seabra, o qual apoiado pelas FORÇAS ARMADAS locais, culminou com o bombardeio e destruição de diversos prédios públicos, inclusive a antiga Biblioteca Central da Bahia.

Como diz o ditado popular defendido por alguns:
“Um pouco de violência sempre se resolve um impasse”, o pessoal do “deixa disso quieta acomoda”, aplicou uns “panos quentes” e o grupo de Rui Barbosa acabou cedendo a posse para o novo Governador José Joaquim Seabra, cuja primeira realização foi a construção com padrão europeu da moderníssima Avenida Sete de Setembro.

Sob gritos e protestos, diversas construções de valor histórico inestimável vieram abaixo. A exceção foi a Igreja de São Bento, no qual a Santa Sé num rompante de força política, “botou o dedo no suspiro” modificando o projeto original e manteve intacta aquela obra de arte. Já a antiga Igreja de São Pedro não teve a mesma sorte, que demolida foi substituída por uma pracinha com um sofisticado relógio de quatro faces fabricado na França, e batizados com o mesmo nome:
“PRAÇA E RELÓGIO DE SÃO PEDRO”..

No “frigir dos ovos” anos mais tarde finalmente, o povo já feliz e esquecido DE TUDO, agitou as bandeirinhas comemorando a inauguração do novo equipamento. E sobrevividos Chicos e Franciscos, o Corredor da Vitória foi supervalorizado, disputado e ocupado pela mesma oligarquia há pouco hostilizada pela força.

Jequié ganhou notoriedade, investimentos e força política.
Com o avanço das culturas do café, cacau e mamona, a localização central e estratégica da cidade apelidada de CHICAGO BRASILEIRA, logo passou a ofuscar a metrópole vizinha Maracás e tornou-se um ponto de convergência de crescimento e poder.

Finalmente, a mídia através do recém fundado jornal A TARDE, tratou de convencer alguns últimos remanescentes da sociedade insatisfeita, de que “NÃO SE FAZ OMELETE SEM QUEBRAR ALGUNS OVOS!”

Tom Scaldaferri, 30/12/2018.

Câmara gastou R$ 8 mi com saúde de deputados

A Câmara dos Deputados gastou R$ 7,9 milhões para ressarcir despesas médicas de 203 deputados com hospitais e clínicas particulares em 2018. Por meio da Lei de Acesso à Informação, a Coluna do Estadão obteve a planilha dos reembolsos. A direção da Casa Legislativa autorizou, por exemplo, pagamento de despesas médicas do deputado federal Sabino Castelo Branco (PTB-AM) no valor de R$ 3,2 milhões. É praticamente o mesmo que o município de Candeias (MG), com 15 mil habitantes, recebeu da União em 2018 do Fundo Nacional de Saúde para custeio. Quatro deputados foram ressarcidos por despesas médicas no total de R$ 5,3 milhões. O maior valor foi pago a Castelo Branco (R$ 3,2 milhões), seguido de Caio Nárcio (R$ 1,5 milhão), Nelson Meurer (R$ 322,2 mil) e Bonifácio Andrada (226, 5 mil). A Câmara oferece aos deputados um departamento com 70 médicos de 17 especialidades diferentes. O que não impede de utilizarem clínicas particulares. Não há limite para o valor do reembolso, mas é preciso de autorização da Mesa Diretora.

Aprovação das reformas é o principal obstáculo no caminho do novo governo

O novo governo que toma posse na terça-feira chega cercado de expectativas na seara econômica. Para muitos analistas, com seus projetos reformistas e liberais, pode representar o caminho definitivo para o País deixar para trás uma recessão que ainda se faz sentir no dia a dia, pavimentando a estrada para a retomada de um ciclo de crescimento, enfim, sustentável. Mas ninguém tem a ilusão de que isso será fácil. Nos nove artigos publicados nesta edição especial, analistas apontam os principais desafios que o governo de Jair Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, terão de enfrentar para que o País possa voltar aos trilhos. O diagnóstico é conhecido: é necessário fazer reformas, e a mais importante e urgente é a mudança da Previdência Social.

Marcelo Caetano, secretário de Previdência do Ministério da Fazenda – e que fez da batalha pela aprovação da reforma a sua profissão de fé em seus dois anos e meio no cargo –, afirma que fazer essa mudança já não é mais uma escolha. “O Brasil já sabe o tamanho do problema. Mãos à obra”, diz. O economista Gustavo Franco também faz questão de lembrar que a reforma da Previdência tem de puxar a fila, surgindo numa versão ainda mais ampla e elaborada que a tentada no governo de Michel Temer. Mas afirma também que é necessário ir muito além nessa rota de rearranjo do País. “Só há um preparativo para uma jornada ao desconhecido: ponha dinheiro no bolso, arrume a economia.”

E arrumar a economia, para José Roberto Mendonça de Barros, passa diretamente pela questão da produtividade. “O desenvolvimento econômico só ocorre e se sustenta através do crescimento persistente da produtividade”, diz. E, de acordo com Elena Landau, a receita para isso está contida também na redução do Estado, o que significa uma venda generalizada de estatais. “Até que se prove o contrário, privatiza tudo.”

Para rearrumar a economia, segundo Bernard Appy, também é necessário atacar outro grave problema: a questão tributária. Ele afirma que o sistema brasileiro consegue ser, a um só tempo, “complexo, injusto e ineficiente”. Além disso, o País também precisa determinar quais são suas metas em relação ao comércio internacional, para poder definir seus interesses estratégicos, escreve Rubens Barbosa.

Uma das saídas para destravar a economia, dando mais previsibilidade a investidores, seria o apoio ao projeto de independência do Banco Central, defendido pelo ex-presidente do BC Affonso Celso Pastore. Para tudo isso, é claro, será necessário um alinhamento de visões e objetivos entre o novo governo e o novo Congresso, que toma posse em fevereiro, lembra o cientista político Carlos Melo. Também seria bom contar com ajuda da economia internacional, que vem dando sinais de desaquecimento. Nesse sentido, para Barry Eichengreen, o Brasil deve pelo menos não cometer erros evitáveis em sua política econômica.

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