O ex-secretário da Saúde e deputado federal eleito, Jorge Solla, fez duras críticas às decisões do novo gestor da pasta, Fábio Villas Boas, e a redução das diretorias regionais da Saúde (Dires) conduzidas pelo governador Rui Costa (PT). Em um pronunciamento, enviado a redação do Blog Itiruçu Online, o deputado esclarece vários pontos que podem dificultar a saúde do estado, tendo uma posição contraria em algumas decisões no novo comando da saúde no estado.
Leia abaixo.
O processo de construção do SUS realizou uma grande descentralização das ações e serviços de saúde em nosso país com redefinição dos papéis e responsabilidades dos entes federados e fortalecimento da esfera municipal. Contudo não são coerentes as tentativas de esvaziamento do espaço estadual de gestão do sistema. Sem uma presença marcante do Estado não existem efetivamente os espaços regionais, diversas ações que extrapolam as fronteiras municipais perdem capacidade de resposta e as ofertas de maior custo e complexidade não conseguem prosperar. As propostas de “choque de gestão” bem ao gosto da linha defensora do Estado Mínimo aplicadas na gestão estadual da saúde não têm se mostrado eficientes.
Vejam o exemplo de Minas Gerais, o estado que proporcionalmente menos investiu em saúde na última década e que tem uma rede própria estadual pífia com a oferta de serviços dependendo basicamente de serviços públicos das prefeituras e da contratação de serviços privados pelas gestões municipais. Diferente desta linha política no Governo Wagner a Gestão Estadual do SUS foi fortalecida, com grande ampliação da rede própria estadual e da contratação de serviços privados pela SESAB. Além dos festejados 5 novos hospitais, o número de leitos de UTI triplicou, aumentou em mais de 30% o número de internações e em mais de 50% a oferta ambulatorial nos hospitais estaduais. Em parcerias com os municípios já são mais de 200 CAPS, 80 CEOs e 20 UPAs. (mais…)