Afastada da escola por 14 anos devido ao fato de não ter respeitada a sua identidade de gênero, a transexual Luana Neves, aluna do 3º ano do ensino médio, do Colégio Estadual Senhor do Bonfim, em Salvador, voltou a estudar ao ser reconhecida pelo seu nome social. “É muito difícil quando você não é aceita. Eu fiquei 14 anos sem estudar por causa do constrangimento de ouvir na escola meu nome de batismo. Quando fiquei sabendo que poderia usar o nome social, não pensei duas vezes e voltei a estudar”, disse.
Luana é uma das estudantes beneficiadas com a Resolução CEE/BA Nº 120/2013, do Conselho Estadual de Educação, publicada pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia, em atenção às demandas sociais e à construção de uma educação de enfrentamento ao racismo, sexismo e homofobia, a partir da escola. Trata-se de um documento normativo para a inserção do nome social de estudantes transexuais e travestis no tratamento e nos registros escolares, baseado nos marcos legais e nas experiências que vinham ocorrendo em todo o Brasil. Na Bahia, destaque para unidades escolares, como o Colégio Estadual Senhor do Bonfim. (mais…)