Itiruçu vive o clima eleitoral acirrado na reta final da eleição. A divulgação de uma pesquisa registrada no TSE, mesmo sendo do instituto Séculos, o mais contestado na Bahia por não acertar resultados nas eleições estaduais, mostrou o candidato Bira do PP liderando as intenções de votos com 44,62 das intenções de votos, seguido de Carlos Martinelli do PT com amostra de 25,54%; e o candidato do MDB, Alender Correia, com 20,16%. A pesquisa foi registrada sob o número BA-06526/2024.

De acordo com os dados, 8,33% dos entrevistados afirmaram que ainda não sabem ou preferiram não opinar. 91,40% dos eleitores já definiram o voto. A coleta foi realizada entre os dias 30 de setembro e 1º de outubro de 2024.

O candidato do PT Carlinhos vinha afirmando em entrevistas que liderava as eleições e que venceria com o dobro de votos dos adversários, no entanto, até o momento, não aparece esses dados em nenhum levantamento feito, seja interno ou nas enquetes das mídias sociais. Inclusive, uma realizada pelo Itiruçu Online com amostra de 9.334,00 votos, apareceu o candidato em terceiro lugar nas interações do público.

As declarações sobre pesquisas podem ter influenciado parte do eleitorado a seu favor, e dado um crescimento ao candidato Bira, já que a menor rejeição em todos os levantamentos é de Alender Correia, que até no levantamento registrado, possui o maior potencial de crescimento em ganhar votos de ambos os lados, com a menor rejeição entre os três. Ou seja, Itiruçu pode ter sido influenciada pela pressão psicológica sobre pesquisas inexistentes, um jeito antigo de buscar a confiança do eleitor.

Caso Carlinhos não fique em primeiro lugar e não vença a eleição, tanto ele quanto o deputado federal Jorge Solla terão uma responsabilidade grande no processo eleitoral deste ano, vez que, a candidatura da oposição, por exemplo, tinha apalavrado seu vice do PSD, partido que por força política e articulação de Solla foi obrigado a apoiar o PT. Caso o PSD tivesse de fato construído a vice na chapa do MDB, a eleição para o grupo de oposição poderia ter iniciado uma liderança maior no eleitorado.

Depois do racha político no grupo da prefeita Lorenna Di Gregorio, a maioria dos vereadores anunciaram várias denuncias contra a atual prefeita, mas faltando três dias para as eleições, tudo indica que as acusações a gestora não passaram de jogo político.

Afinal de contas, o poder Legislativo tinha ou não motivos para votar o afastamento de Lorenna Di Gregorio, ou as acusações foram apenas declarações políticas? A prefeita tinha adotado um tom agressivo contra alguns dos vereadores, chamando-os de ‘Tropa de sem que fazer e vagabundos’.

O afastamento visava apenas o momento político para os partidos dos interessados disputarem as eleições com a força da máquina, ou de fato havia fundo de verdade nas denúncias?

Em rede social, a prefeita havia iniciado um ataque contra alguns vereadores, os chamando de ingratos e a partir das declarações o falado pedido de afastamento esfriou de vez. O que aconteceu? Já que as articulações vinham ocorrendo no mês de maio deste ano, depois que Lorenna não escolheu o nome de Ezequiel ou do vice Júnior Petrúquio para a sucessão municipal, ocorrendo os afastamentos.

A verdade é que política é coisa séria, o Poder Legislativo é o órgão muito importante para o cidadão e deve seguir respeitando as Leis, criando outras e fiscalizando. Mas a fiscalização deve ocorrer apenas quando o vereador é contra ao prefeito, ou se for aliado deve fechar os olhos durante toda a gestão?