Como já era antecipado pelo Itiruçu Online, que Itiruçu viveria uma eleição histórica com três candidaturas, na verdade, serão quatro as opções de votos durante a corrida ao executivo deste ano. Com um Record nas torres para vereadores, aproximando-se de 100 opções para a Câmara de vereadores.
1ª Convenção
A primeira convenção realizada foi a do MDB, na noite da sexta-feira (02), oficializando o nome de Alender Correia candidato, com a vice indicada pelo PSB, o vereador que bateu de frente com o governo Lorenna durante os 8 anos de gestão, denunciando o agora candidato Bira Moraes quando ocupou a Secretaria de Transportes, o vereador Robertão. A candidatura do MDB representa a união dos opositores, sendo chamada de a verdadeira oposição. A chapa apresenta duas torres de candidatos a vereadores, 20 candidatos.
Como Alender chegou à campanha?
Advogado e professor, Correia chega na corrida depois de travar uma luta com as forças políticas para garantir sua candidatura, tendo a seu favor a Luta do Lúcio Vieira Lima que não permitiu negociatas envolvendo o Projeto do partido em Itiruçu. As forças do PT tentaram de todas as formas a coalização para uma única chapa na oposição, que até então, não foi possível agindo por cima. Alender perdeu o tempo na pré-campanha para construir o grupo, conseguindo chegar à convenção e lançar seu nome como opção. Correia considera ser a melhor opção para mudar Itiruçu e apertou as críticas ao governo atual, que chama de perseguidor e que escolheu o pior nome para apresentar a Itiruçu.
2ª Convenção
A segunda convenção foi a do PP, que oficializa o nome do ex-secretário de transportes, Bira Moraes à prefeitura de Itiruçu, com Verônica Fernandes na vice. Bira saiu de uma pré-campanha reajustando apoios depois de perder aliados que estavam no grupo por 8 anos, mas não aceitaram a indicação de seu nome. Escolheu o Partido Progressista como sigla para disputar a prefeitura, em articulação com o prefeito de Jequié, Zé Cocá. Além disso, a trava de uma briga política entre o deputado Jorge Solla do PT, e Dal Barreto do União Brasil, a causa principal da desunião com o vice-prefeito, e outros quatro vereadores que deixaram a base Birista.
O ato convencional, considerado ousado por já iniciar no Ginásio de Esportes, espaço que recebeu convencionais, aliados e lideranças locais e regionais. Bira lança a candidatura com 30 candidatos a vereadores, três torres para tentar fazer o maior número de cadeiras no Legislativo.
A confiança nas articulações de sua aliada, que deixará a prefeitura em dezembro, é o ponto de partida da campanha, que fez a leitura da política de que precisava ousar muito na convenção para não perder apoios.
Agora Bira deve assumir a campanha e as articulações, demonstrando independência de liderança para ganhar a confiança do eleitorado.
3ª Convenção
O terceiro ato partidário lançou o nome escolhido pela esposa do deputado Jorge Solla, Marília Fontoura, que contou com as articulações de Solla para convencer o ex-prefeito Carlos Martinelli a disputar à prefeitura no projeto do PT de fortalecer o partido no maior número de cidades possíveis. Carlinhos saiu de uma pré-campanha não conseguindo construir apoios com seu diálogo, precisando contar com total poder de articulação do deputado federal Jorge Solla, que dedicou esforços exclusivos a Itiruçu.
As articulações feitas por cima, impediu que houvesse diálogos com o grupo de oposição, já que, por exemplo, o vice-prefeito escolhido, Ezequiel Borges, do AGIR, havia na pré-campanha quase que consolidado seu nome na chapa do MDB, mas deu para trás por chamado de Solla, sendo indicado a chapa do PT.
Carlinhos entrou na pré-campanha de forma inesperada, quando o ex-prefeito Wagner Novaes (que não é mais eleitor de Itiruçu) surgiu para atrapalhar a pré-candidatura de Aílton Cezarino e declarou apoio a Carlinhos, que foi ganhando corpo ao longo dos últimos meses e, mesmo dizendo não ter interesse em voltar a prefeitura, pegou gosto pelo processo e decidiu disputar a eleição. A candidatura apresenta duas torres de candidatos a vereadores, ou seja, 20 candidatos.
Carlinhos não mudou o discurso de campanha desde sua primeira eleição, e prega a volta de seu governo como esperança para mudar Itiruçu. Ele tem o mesmo cenário de quando esteve prefeito: governador do PT e presidente do PT. Não conseguiu ser reeleito para um segundo mandato em 2012, vivendo um dos períodos de maiores turbulências com a Câmara de vereadores na história recente, mas agora diz ter aprendido com o passado e promete não errar mais com a união dos poderes.
4ª Convenção
O evento do PDT oficializou o candidato Jotinha e o vice Netão na disputa pela prefeitura. Com uma Torre de vereadores, 10 candidatos, Jotinha chega na campanha sem ter feito uma pré-campanha de alianças partidárias e, com isso, pouco comentada nos bastidores.
Como fica o processo eleitoral?
Na verdade, a eleição começa com o que a política precisa: opções de votos. O eleitor precisa entender que quanto maior a necessidade na compra de apoios para um candidato, no uso do poder econômico para fortalecer uma candidatura, maior desastre será seu governo. A eleição não pode passar por um processo de teatro e de narrativas, principalmente as que agregam a juventude que não conhece os candidatos. Eleição é um momento importante que define os próximos quatro anos de serviços básicos de saúde, educação, segurança, empregos e diversos outros. Os candidatos devem apresentar propostas e o eleitorado confiar no seu poder de execução. Não basta se divertir em paredões, ganhar dinheiro em comitês e balançando bandeiras, pois quanto maior o investimento na diversão no período eleitoral, maior será o custo na vida do cidadão. Que Itiruçu possa ter uma política tranquila, bem disputada e que prevaleça o respeito entre as opções.
