Uma operação denominada “Conexão Clandestina III”, que investiga furto de petróleo bruto em dutos da Transpetro, está sendo realizada, nesta quarta-feira (7), na Bahia e em outros três estados do país: Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. O inquérito aponta que o prejuízo da Transpetro com o produto desviado chega a R$ 283 mil, no período monitorado durante investigação. Segundo informações do Ministério Público (MP-BA), a ação foi desencadeada para cumprimento de 13 mandados de busca e apreensão em endereços suspeitos, onde ocorreriam o crime, e em locais que seriam usados para receptar e comercializar o produto, como refinarias clandestinas e postos de gasolina. Nenhum suspeito foi preso.
Conforme o MP, o furto é feito, na maioria das vezes, pela instalação de uma válvula no duto. O processo é chamado de trepanação e pode resultar em vazamento e até explosão do material. O crime, conforme o órgão, oferece grave risco para a população do entorno dos locais de extração clandestina e ao meio ambiente.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Feira de Santana e Santa Cruz Cabrália, na Bahia; Guapimirim e Sapucaia, no Rio de Janeiro; Guaxupé e Arcos, em Minas Gerais; Vila Velha e Serra, no Espírito Santo. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado da Bahia (Gaeco/BA) informou que realizou a coleta de diversas amostras de combustível e apreendeu agendas com informações bancárias e contatos pessoais, além de livro de entrada e saída de veículos e documentação contendo planilhas com movimentações financeiras, notas fiscais e contratos sociais de empresas em nome de um dos proprietários dos estabelecimentos alvo dos mandados. A operação é realizada em conjunto pelo Gaeco dos Ministérios Públicos da Bahia, de Minas Gerais e do Espírito Santo e pelo Ministério Público e Polícia Civil do Rio.
Investigações
De acordo com o Ministério Público, as investigações começaram a partir de denúncias da Transpetro sobre furto de petróleo nos dutos que passam por dentro de duas fazendas em Guapimirim. A partir de técnicas de investigação e ações de inteligências, com autorização do Juízo da 2ª Vara da Comarca de Guapimirim, caminhões que partiam das fazendas começaram a ser monitorados, o que, conforme o órgão, possibilitou a identificação dos locais onde os veículos faziam paradas com o produto do furto. A partir disso, foram pedidos os mandados de busca e apreensão para a operação. Segundo as investigações, uma das fazendas já apareceu em outros registros da Transpetro sobre extração clandestina de Petróleo. Também há relatório, segundo o MP, dando conta de que homens armados impediram a entrada da técnica da empresa para fazer manutenção nos dutos. Fonte é o G1.