O comediante Roberto Gómez Bolaños, criador do Chaves, morreu nesta sexta-feira (28), aos 85 anos. A morte do ator e escritor foi confirmada pela emissora mexicana Televisa, que interrompeu a programação por volta das 19h (horário de Brasília) para exibir um especial com os melhores momentos da carreira do humorista.
Bolaños vivia isolado em Cancún, cidade litorânea do México, com a mulher, Florinda Meza, a Dona Florinda da série Chaves. O comediante tinha problemas respiratórios e de locomoção, e estava desde o final do ano passado respirando com um cilindro de oxigênio.
Nascido em 21 de fevereiro de 1929, Bolaños começou a carreira artística em 1953, como redator publicitário para rádio e TV. Redigiu para a dupla de humoristas Viruta e Capulina (Marco Antonio Campos e Gaspar Henaine) antes de ter o seu próprio programa.
Roberto Gómez Bolaños também escreveu para o cinema e recebeu do cineasta mexicano Agustín P. Delgado o apelido de Chespirito, alusão ao escritor inglês William Shakespeare (1564-1616).
Em 1968, ganhou seu próprio humorístico, Los Supergenios de la Mesa Cuadrada, pela TIM (Televisión Independiente de México). Além de escrever, atuou como Doutor Chapatín e contracenou com três atores que futuramente fariam parte do elenco de Chaves: Maria Antonieta de las Nieves, Ramón Valdés e Rúben Aguirre.
Chapolin em 1970 e Chaves no ano seguinte, ainda como quadros do programa Chespirito. As séries bateram recordes de audiência e viraram programas próprios em 1973. A Televisa tentou contratar Bolaños, mas após a recusa do comediante decidiu comprar a emissora onde ele trabalhava e ampliar a rede.