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Número de mortos em Brumadinho sobe para 84; ‘Nem todos os corpos serão resgatados’, diz Governo

O número de mortos em decorrência do rompimento de uma barragem da mineradora Vale, em Brumadinho (MG), subiu para 84, segundo atualização feita na noite desta terça-feira, 29, pela Polícia Militar de Minas Gerais – até então, havia 65 mortes confirmadas.

O total de pessoas desaparecidas caiu de 288 para 276.  “O número de mortos deve aumentar bastante nas próximas horas, já que a equipe de resgate faz buscas na área do refeitório da Vale, onde há possibilidade de haver um grande número de corpos”, explica o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.

Hoje 42 corpos foram identificados e 28 famílias foram atendidas pelo IML. Também foram realizados 78 sobrevoos e até o fim do dia o número deve aumentar.

O tenente enfatizou para a população tomar cuidado com as notícias falsas. Circula na internet que as pessoas que tiveram contato com a lama precisam tomar uma vacina, o que não é verdade. Não existe vacina e a recomendação é que apenas quem ficar exposto por um longo período tem que tomar alguns cuidados específicos, o que é o caso do Corpo de Bombeiros apenas. A população deve ficar tranquila. Amanhã tropas especializadas de São Paulo, Goiás, Espírito Santo e Santa Catarina devem chegar ao local para render os bombeiros que estão trabalhando há muitos dias.

Governo diz que nem todos os corpos serão resgatados em Brumadinho

O governo Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que não será possível resgatar todos os corpos soterrados pela lama em Brumadinho (MG), na Grande Belo Horizonte.  A dificuldade de localização aprofunda a dimensão trágica do rompimento da barragem da Vale, na região conhecida como Córrego do Feijão, na sexta-feira (25). Há até o momento contabilizados 65 mortos -desses, 31 já identificados- e 288 desaparecidos. Familiares e amigos lamentam a falta de informação.

Ministros mencionaram a complicação da operação de resgate dada a densidade e o volume da lama, que, em determinadas regiões, forma um bloco de massa praticamente impenetrável. A barragem 1, que se rompeu, é uma estrutura de porte médio para a contenção de rejeitos e estava desativada. Seu risco era avaliado como baixo, mas o dano potencial em caso de acidente era alto. Com o incidente, foram liberados cerca de 13 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro no rio Paraopeba, que passa pela região. A lama se estende por uma área de 3,6 km² e por 10 km.

Chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni disse que a questão foi trazida pelo colega da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na reunião do comitê de crise no Palácio do Planalto nesta terça-feira (29). “Este é um episódio de muita gravidade. Algumas pessoas triste e lamentavelmente não serão recuperadas. Tem uma questão de respeito e solidariedade a todas as famílias que viverão um luto sem necessariamente o seu ente querido”, afirmou Onyx. “É uma dor de intensidade absurda.”

Na manhã desta terça (29), uma operação do Ministério Público de Minas Gerais, do Ministério Público Federal e da Polícia Federal prendeu cinco engenheiros -três da Vale, em Minas Gerais e dois prestadores de serviço, em São Paulo- relacionados à segurança da barragem. Os profissionais da Vale eram os responsáveis diretos pela estrutura que se rompeu, e os dois demais, os que atestaram a segurança da barragem em laudo recente. Com informações da Folhapress.