O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo (PDT), foi reeleito presidente da Casa em fevereiro do ano de 2015 para um mandato de dois anos. A eleição sem os votos dos deputados do PT na época representou seu passaporte para o quinto mandato e há apenas 11 meses nessa legislatura, o pedetista já estuda sua reeleição para o sexto mandato em 2017.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de ser presidente do Legislativo pela sexta vez, Marcelo Nilo tergiversou, mas revelou o interesse. “Se eu sentir que é importante para os deputados da bancada do governo e da oposição, se vocês da imprensa não forem contra, ou se eu não conseguir viabilizar minha candidatura ao Senado, é possível sim”, afirmou o pedetista.
Ainda durante a conversa com a imprensa, Nilo apontou quatro possíveis destinos na vida política. “Ou eu me aposento, ou tento uma vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE), ou me candidato a deputado federal, mas isso, se não conseguir viabilizar minha primeira opção que é me candidatar a senador na chapa de Rui Costa”, ressaltou.
Apesar da disposição em se colocar na disputa pela reeleição, o deputado deve enfrentar resistência dentro da bancada governista, como ocorreu no último pleito, quando o PT lançou o deputado Rosemberg Pinto para a presidência, mas a bancada, inconformada com permanência do pedetista no poder, se retirou do plenário no dia da votação e o parlamentar petista retirou sua candidatura em protesto. Outros governistas, na época, como o deputado Sargento Isidório (Pros) e Alan Sanches (ex-PSD), chegaram a colocar candidaturas, mas retiraram e passaram a apoiar o pedetista.
Procurado pela reportagem, o presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação, que acompanhou a movimentação da bancada petista no início do ano, afirmou que o debate sobre a sucessão de Nilo só deve ocorrer depois das eleições municipais. “Não temos tratado disso. Estamos voltados para a defesa do governo da presidente Dilma contra o golpe. Como a eleição da Mesa Diretora só acontece em 2017, não absorvemos ainda essa pauta. De fato, estamos empenhados na defesa do governo e na retomada da estabilidade econômica e política. As eleições de 2016 inibem o debate sobre a sucessão da presidência da Assembleia Legislativa”, disse Anunciação.
PSD de Otto volta a ser opção
O presidente da Assembleia Legislativa (AL), Marcelo Nilo, voltou a colocar o PSD em seus planos de filiação. Alegando perseguição política no PDT, o parlamentar procurou o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em busca de uma ação declaratória de justa causa para que pudesse sair da legenda pedetista sem risco de perder o mandato de deputado. Enquanto aguarda a resposta da Corte eleitoral, o presidente da AL tem conversado com alguns partidos para viabilizar sua entrada, dentre eles o PSL, PSD e PROS, esse último já fora da lista.
Após o encontro que Nilo teve com jornalistas anteontem, sua assessoria de imprensa divulgou que dentre os planos de futuro do parlamentar está a possibilidade de ingresso no PSD. “A tendência é que o chefe do Legislativo baiano entre mesmo para o PSD, já que tem o aval do presidente do partido na Bahia, o senador Otto Alencar”, diz nota divulgada sobre o almoço realizado na AL. Apesar da informação relacionada ao PSD, o PSL é quem tem apostado no passe do político natural da cidade de Antas. Em conversa com a Tribuna, o atual presidente da sigla, Antônio Olívio, revelou que tem planos para Nilo no partido e que a agremiação se encontra à disposição do mandatário. *Informes do Tribuna da Bahia.