O governador Rui Costa descartou nesta terça-feira, 2, mais um ano sem aulas e deve divulgar os critérios para o retorno das atividades escolares na sexta-feira, 5, após reunião com a União dos Municípios da Bahia (UPB), da qual participará o prefeito de Salvador, Bruno Reis. No encontro, será apresentado um estudo feito pela Secretaria de Saúde do Estado e discutidos conjuntamente os parâmetros para a volta às aulas em todo o estado em meio à pandemia do novo coronavírus.
Em transmissão nas redes sociais, Rui reforçou que, quando houver o retorno das aulas, as unidades de ensino funcionarão sempre com metade de cada turma. “Metade da turma vai para a escola às segundas, quartas e sextas. A outra, às terças, quintas e sábados”, disse. Além disso, já foram instaladas pias adicionais nas escolas. “Mas queremos ainda considerar, por exemplo, taxa de ocupação de UTIs, mortes diárias, crescimento da doença”, elencou o governador, sobre possíveis critérios para determinar a volta das aulas.
“Vamos retomar antes da maioria da população ser vacinada, com certeza”, afirmou o chefe do Executivo baiano, ao informar que mais 30% dos estudantes baianos moram na zona rural, muitas vezes sem sinal de internet, o que dificulta o processo de aprendizado por aulas virtuais. Segundo o governador, manter as escolas fechadas por mais um ano seria “sepultar os sonhos” de milhares de jovens, sobretudo dos mais pobres.
Ao lado do governador, o secretário de Saúde, Fábio Vilas-Boas, pediu o reforço das medidas de higiene e isolamento, ao demonstrar preocupação com as variantes do vírus que passaram a circular. Ele também deu mais informações sobre o avanço da vacinação no estado.
Na próxima segunda-feira, 8, começará a imunização de idosos a partir dos 80 anos, de acordo com o secretário.
“Concluiremos nesse final de semana a primeira fase, que é vacinar os profissionais de saúde da linha de frente, idosos asilados e com mais de 90 anos. Receberemos em torno de 230 mil, 240 mil doses, e programamos para, a partir de segunda-feira, ampliar entre os profissionais de saúde e começar, de forma decrescente, com idosos entre 89 e 80 anos. Enquanto houver vacina, a gente vai vacinando. Está prevista também para a próxima semana uma nova remessa de vacina. Não conseguiremos vacinar entre 75 anos e 80 anos, porque aí já amplia muito a base de pessoas”, declarou Vilas-Boas.