Tem sido cada vez mais natural o uso das câmaras de vereadores para fins político-partidários, onde reina palanques antecipados. Ao invés de projetos e debates entre vereadores e poder público, críticas exageradas e com claro objetivo de desgastar desafetos políticos perante o povo.
Na cidade de Maracás, por exemplo, um importante projeto enviado pelo prefeito Paulo dos Anjos (PT) a Camara de vereadores no último dia 06, que autorizaria o município a assinar a adesão ao Consórcio Intermunicipal de Saúde, mas o projeto foi retirado de pauta sob a alegação de que não teria sido analisado por vereadores da casa. Só que, de acordo com informações obtidas pelo Blog, nenhuma outra pauta de maior relevância foi apreciada no Legislativo para beneficiar Maracás foi apresentada na mesma sessão, fato lamentável que navega na contramão do povo.
O consórcio vai atender aos municípios de Barra do Rocha, Cravolândia, Dário Meira, Ibirataia, Itagí, Itaquara, Itagibá, Itamarí, Itiruçu, Jaguaquara, Jequié, Lafaiete Coutinho, Lajedo do Tabocal, Planaltino, Santa Inês, Irajuba. O projeto deve beneficiar mais 600 mil habitantes das regiões do Vale do Jiquiriçá e do Médio Rio de Contas. Maracás é a única cidade que a câmara não aprovou.
A proposta que seria votada na última sexta-feira (20), foi adiada novamente e está prevista para entrar na pauta da Casa próxima quinta-feira (26) e, segundo o prefeito Paulo dos Anjos, caso os vereadores não aprovem ele vai judicializar a questão. “Já tenho uma ação popular com mais de três mil assinaturas e com certeza com a manifestação popular eles irão aprovar. Caso isso não aconteça eu vou entrar com uma ação na justiça”, afirmou.
Ainda de acordo o prefeito, em conversa com a imprensa da capital, o embate é de cinco vereadores da oposição com o prefeito. “Cinco vereadores não quiseram votar e já tem 15 dias o projeto na Casa”, disse Paulo dos Anjos. “Agora me diga, todos os outros municípios aceitaram, eles estão errados? Ou é Maracás que está? Eles estão politizando a situação”, disse, em referência aos edis que resistem em aprovar.