O Governo do Estado da Bahia anunciou no último mês a demissão de mais de 1.700 vigilantes das escolas, visando reduzir os gastos com a demissão dos funcionários. “A principal alegação do governo estadual é a questão dos ajustes nas contas do estado, só que o governo está indo na contra mão quando opta por demitir trabalhadores, por gerar desemprego. Outra coisa que nos preocupa muito é a segurança dos alunos nas escolas”, explicou Paulo Brito, diretor de Comunicação do Sindicato dos Vigilantes.
Como prevista, os ajustes no estado estão causando transtornos nas escolas estaduais, em especial nos municípios abaixo de 100 mil habitantes, que pela nova decisão não teriam vigilantes nas escolas. Além disso, funcionários terceirizados estão com salários em atraso. A situação tem deixado as escolas sem limpeza e sem merenda escolar, além de o estado está claramente contribuído para o aumento de furtos e arrombamentos nas escolas.
Na cidade de Maracás, na manhã desta sexta-feira (08), alunos realizaram protestos em favor das escolas, que estão entrando em colapso administrativo. Funcionários terceirizados estão sem receber há mais de quatro meses, os vigilantes foram demitidos sem aviso prévio e estão todos sem segurança de serem recontratados e receberem, tornando inviável o funcionamento das escolas sem limpeza e segurança. Os protestos foram organizados por estudantes dos colégios Estadual Edílson Freire e Colégio Estadual Edivaldo Boa Ventura. Eles chegaram a fechar a BA-250, rodovia estadual que liga o município a BR-116.
Os estudantes também protestaram em gente a sede da prefeitura, numa forma de pedir intervenção do poder público local em favor de resolutividade aos problemas apresentados.
