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Lídice afasta possibilidade de ocupar suplência de Wagner: ‘Preciso de autonomia maior’

Ainda em busca de seu futuro político após ser preterida na chapa do governador Rui Costa à reeleição (veja aqui), a senadora Lídice da Mata (PSB) tem certeza de pelo menos uma coisa: suplente ela não será. Em entrevista ao Bahia Notícias, a socialista negou veementemente a possibilidade de ocupar a vaga de suplente do pré-candidato ao Senado, Jaques Wagner (PT), ventilada pelo próprio ex-governador petista (relembre). Ele mesmo chegou a dizer que a prioridade para o posto, alvo da cobiça de partidos como PP, PR e também PCdoB, era dela. “Suplente está claro que não serei. Nós vamos debater outras alternativas”, assegurou Lídice, que abriu as portas do seu escritório em Salvador nesta quarta-feira (27), para conversar com o portal. A senadora ponderou que não declinou da suplência por “vaidade”, e sim por causa de um entendimento do PSB. “O partido tem uma opinião de que, como presidente do partido, eu tenho que ter um nível de autonomia maior do que a suplência de senador.

 

Embora me envaidecesse muito ser suplente de um ex-governador e uma liderança como Jaques Wagner”, argumentou. Durante a entrevista, a parlamentar também falou sobre possíveis feridas deixadas pelo processo de disputa entre PSD e PSB pelo Senado na majoritária de Rui, vencida pelo primeiro, que indicou o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Angelo Coronel, para a vaga. Questionada se restou alguma mágoa com o presidente do PSD estadual, senador Otto Alencar, ou até do próprio Coronel, a senadora não elencou eventuais rusgas, mas deixou claro que ela e Otto possuem “compreensão diferente” sobre a política. “De repente, em vez de discutir política, a gente tá discutindo padaria. Se é pão com pão, queijão com queijo”, alfinetou Lídice, em resposta ás declarações do senador de que deveria haver diversidade política na chapa. Ao falar sobre o assunto, o social-democrata usou a “metáfora panificadora” para dizer que uma majoritária não poderia ter apenas partidos de esquerda (pão com pão ou queijo com queijo), e sim siglas de diferentes espectros partidários (pão com queijo). A socialista discordou a visão do colega de Câmara Alta. “Eu não vejo que a chapa tem que ser assim. Ela tem que representar um conjunto de pensamento, não necessariamente o que tem aí”, opinou. *Com informações do Bahia Notícia.