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Leão goleia e vai com moral à decisão do Baiano no BAVI

Não foi por falta de suor ou de vontade, mas o que se viu no Barradão, neste domingo, 23, foi um Vitória da Conquista incapaz de incomodar o Vitória, que se impôs desde o início e fez 5 a 0 no xará, pelo jogo de volta da semifinal do Campeonato Baiano. A partida de ida, na semana passada, terminou empatada em 1 a 1.
Com o resultado, os comandados de Argel Fucks chegam com moral para a série de Ba-Vis que se aproxima, começando pela disputa semifinal da Copa do Nordeste, a partir de quinta-feira. A primeira partida da decisão estadual será na quarta-feira, 3 de maio, na Fonte Nova. O jogo de volta será no domingo, 7 de maio.

Ao fim das semifinais, as vagas para as competições nacionais foram definidas. Bahia e Vitória garantiram presença na Copa do Brasil e na Copa do Nordeste do ano que vem.


Domínio do Leão

O Leão se impôs desde o início e deixou claro para o Bode que seria preciso transpirar muito para incomodar o goleiro Fernando Miguel. Para se ter ideia da dificuldade do time conquistense em finalizar à meta adversária, a primeira jogada mais importante dos visitantes ocorreu apenas aos 40 minutos, quando o zagueiro Silvio subiu para cabecear no escanteio e quase venceu o goleiro vermelho e preto.

E foi só. O Rubro-Negro dominou a partida de ponta a ponta, e sacramentou o triunfo e a vaga na grande final ainda no primeiro tempo. Depois de um bate-rebate na área, a bola caiu nos pés de David, que cortou o zagueiro e estufou a rede do goleiro Rodolfo. O Conquista não conseguiu reagir e, logo aos 28, Lúcio cometeu pênalti em Cleiton Xavier, que correu para a batida e deslocou o goleiro com estilo.

O que já estava ruim piorou quando o mesmo Lúcio fez falta em David e recebeu o segundo amarelo, ao fim do primeiro tempo.

O efeito da expulsão foi visível assim que a partida recomeçou. Os visitantes sentiram e não conseguiram segurar mais o ataque rubro-negro. Logo no primeiro minuto de jogo, David arrancou pela direita e ofereceu a bola de bandeja para Paulinho chutar e ampliar o placar.

Sem tempo para respirar, o Conquista se segurou como pôde. Mas o Vitória continuou pressionando e, aos 18 minutos, Uillian Correia fez o quarto com um chutaço de fora da área. Com o resultado praticamente encaminhado, Argel colocou Dátolo na partida para ganhar ritmo, pensando na sequência da temporada.

O argentino não entrava em campo desde o dia 19 de fevereiro. No finalzinho, aos 42 minutos, o lateral Geferson apareceu para dar números finais à partida no dia do nascimento do seu filho Enzo.

Jogo do sábado

Bahia volta a vencer Flu e vai à final, mas não convence

Durante a semana, o capitão Tiago admitiu que a vaga à final do Baianão já estava virtualmente certa após o 3 a 0 sobre o Fluminense, em Feira, na ida. Porém, afirmou que uma boa atuação no duelo de volta seria fundamental para ganhar confiança visando à iminente série de partidas decisivas.

A classificação veio, é claro, e com triunfo por 1 a 0 sobre o Flu, neste sábado, 22, na Fonte Nova. O bom desempenho, entretanto, passou longe. Como na maior parte de seus jogos, o Bahia mostrou-se um time sem alma, com pouca ou nenhuma empatia com o torcedor.

E é assim que o Tricolor chega para os dois Ba-Vis decisivos da semifinal da Copa do Nordeste, na próxima quinta, 27, e domingo, 30. Depois, é provável que haja mais dois clássicos, nos dias 3 e 7 de maio, caso o rival confirme neste domingo, 23, o favoritismo contra o Bode e também avance à final do Baiano.

Caminho facilitado

Se já estava praticamente resolvido antes de começar, o jogo se ofereceu de bandeja para o Bahia depois da expulsão do lateral Edson, do Touro, logo aos 29 minutos do primeiro tempo. Antes disso, o time tocava a bola de forma tranquila, mas pouco criava. Só havia levado perigo de fato em cobrança de falta de Juninho bem defendida por Jair.

Aí veio o lance no qual Edson atingiu Renê Júnior com o pé e o braço. Ele recebeu o cartão vermelho diretamente, deixou o Flu com um a menos e abriu caminho para mais um triunfo do Esquadrão. Hernane abriu o placar rapidamente, dois minutos depois. Ele recebeu bom passe de Zé Rafael – jogando em sua posição de origem, como meia centralizado no lugar do suspenso Régis – e chutou no canto após girar bonito.

Por detalhes o Tricolor da capital não foi para o intervalo com o placar ainda mais confortável. Aos 34, Edigar Junio cruzou e Alexandre quase fez contra. Sete minutos mais tarde, o próprio Edigar finalizou, depois de receber cruzamento preciso de Allione, mas desperdiçou a chance ao pegar de primeira sem capricho.

O Flu foi para a etapa complementar ainda sentindo a revolta por ter considerado injusta a expulsão de Edson. “O cara não fez p… nenhuma! A gente é pai de família, não pode ser roubado assim”, bradou o atacante Janeudo antes da descida para o vestiário.

Ao Bahia restava aproveitar a superioridade numérica e o destempero do rival. Entretanto, a equipe não conseguiu encontrar motivação suficiente para fazer uma boa partida e agradar aos pouco menos de 7 mil pagantes que gostariam de ter visto uma partida melhor na Fonte Nova.

Com lances de clara displicência de atletas como o meia argentino Allione, o Esquadrão encarou o segundo tempo de maneira protocolar. O melhor lance foi uma cabeçada de Feijão na trave aos 28. O desempenho rendeu vaias de parte da torcida – a maior parte delas direcionada ao lateral Armero, que não foi pior que a maioria dos demais – e preocupação para os jogos decisivos que se aproximam.

BAHIA 1×0 FLUMINENSE DE FEIRA –  JOGO DE VOLTA DA SEMIFINAL DO BAIANÃO

Bahia – Jean, Eduardo, Tiago, Lucas Fonseca e Armero; Renê Júnior (Feijão), Juninho, Zé Rafael e Allione (Maikon Leite); Edigar Junio e Hernane (Gustavo). Técnico: Guto Ferreira

Flu de Feira – Jair, Edson, Igor, Eduardo e Alexandre (Deca); Rogério, Guto, Jorge Wagner (Jarbas) e Fernando Sobral (Ebinho); João Neto e Janeudo

Técnico: Arnaldo Lira

Local: Arena Fonte Nova, em Salvador (BA)

Árbitro: Ricarle Gustavo Gonçalves Batista

Assistentes:  Paulo de Tarso Bregalda Gussen e José dos Santos Amador

Cartôes Amarelos: Renê Júnior (Bahia); Rogério, Janeudo Jorge Wagner e Alexandre (Flu de Feira)

Cartão Vermelho: Edson (Flu de Feira), aos 29 minutos do 1º tempo

Público: 6.749 pagantes

Renda: R$ 90.986,00

Atarde é a fonte usada.