O atual presidente da Câmara de Jaguaquara, o ex-petista Nildo Pirôpo, resolveu incorporar o perfil antidemocrático para comentar o aumento dos gastos em quase 95% com publicidade e, ainda, fazendo acusações as gestões anteriores no Legislativo de pagar funcionários e ambos terem que devolver parte do salário, além de atacar as divulgações que não foram de seu agrado.
Para te lembrar, Nildo Pirôpo fez a contratação dos serviços de publicidade, mesmo com as adversidades da pandemia do novo coronavírus, no valor de R$ 141.840,000. Em comparação ao ano de 2020 para os serviços, os valores ganharam aumento em quase 95%, saído das cifras de R$ 73. 510 para o valor atual de R$ 141.840,000.
As declarações do presidente, em tom de desgostado em o assunto ter sido divulgado, resolveu defender-se com acusações, chegando a dizer que no passado existia funcionários recebendo salários, mas tendo que devolver parte do que recebiam. Pirôpo ainda acusou gestões passadas de fazer o uso do dinheiro da publicidade para pagar sites e afins apenas para dá publicidade as ações do presidente. “A gente conhece como muitos picaretas do meio de comunicação trabalha, se ele tem oportunidade ele começa bater em político A ou B para ter oportunidade, e comigo não vai ter ponta, não existe negócio de ponta”, disse.
Nildo Pirôpo é vereador conhecido em Jaguaquara, desde quando atuava na oposição, onde dava publicidade ao mandato através do Blog Piropinho, mas deixou de fazer oposição ao governo Giuliano Martinelli, de quem era crítico, para ser aliado de primeira hora e mudar de postura. Na gestão no Legislativo, em troca da lealdade ao executivo, Pirôpo recorre ao chamado nepotismo cruzado. De acordo com a imprensa local, familiares de parentes de ocupantes de cargos de comando do executivo e, por vereador, ingressaram no serviço público por indicação, entre eles, um sobrinho do secretário de Agricultura; a irmã da secretária de Desenvolvimento Social, ambos nomeados assessores parlamentares. A esposa do novato vereador Neinho (PP), filho do vice-prefeito Nei Cabeludo (PP) foi nomeada também para cargo de assessora parlamentar.
Não é de hoje que a relação da imprensa com políticos tem sido abalada quando um dos lados quer o silêncio e, dessa forma, seus atos são tornados públicos, pegam o chamado ar da falta de vergonha e destilam acusações. Imprensa que pega ponta de políticos não é livre para o exercício da profissão e vende seu público a seus interesses, da mesma forma que um político vende sua ideologia as vantagens do poder público, deixando de defender os interesses da sociedade para arrancar dos menos favorecidos e favorecer seus parentes, através de nomeações a cargos.