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Itiruçuense destaque: Estudantes do IFBA implementam métodos numéricos aplicados em nível de graduação

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A proposta ousada do professor de matemática Valdex Santos em sala de aula ao propor um trabalho que buscasse solucionar o problema da resolução de raízes quadradas de números que não são quadrados perfeitos fez despertar nos alunos Djair, Maykon e Wanderson Almeida, do segundo ano do curso de Informática do IFBA Campus Jequié, o gosto pela pesquisa e desenvolvimento de cálculos matemáticos complexos.

O desafio era fazer os alunos criarem cálculos que auxiliassem na resolução de raízes quadradas como as dos números 10 ou 90, por exemplo, que necessitam de valores aproximados nas suas respostas. Para isso, os alunos deveriam criar métodos numéricos capazes de tornar essa tarefa mais fácil e menos cansativa.

Os alunos implementaram quatro métodos numéricos iterativos para o cálculo de raízes quadradas aproximadas: método de aproximação através de potências sucessivas ou método das tentativas, e três métodos de aproximações sucessivas: Método Babilônico, Método de Newton e Método da Bissecção.

Djair é itiruçuense
Djair é itiruçuense

O resultado surpreendente dos estudos na disciplina estimulou o professor e os alunos a participarem da XI Semana da Matemática da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC. Eles apresentaram o pôster “Implementando Métodos Computacionais para o Cálculo de Raízes Quadradas Aproximadas” com os resultados da pesquisa no dia 06 de outubro.

O trabalho chamou a atenção dos visitantes da semana por se tratar de uma estratégia de implementação com métodos numéricos geralmente aplicada na disciplina “Cálculo Numérico”, presente em cursos de graduação como os de Matemática, Engenharias e Ciência da Computação. Mas, para a surpresa de todos, Djair e Wanderson têm apenas 16 anos e mal concluíram o ensino médio.

Djair resume o sentimento de ter participado do evento e, principalmente, de ter se familiarizado com mais um pedacinho do surpreendente universo matemático: “Ficamos bem felizes. A gente gosta da matemática. Já temos afinidade e o professor nos estimulou ainda mais. Quanto mais pesquisávamos, mais nos envolvíamos”. *Jequié News.