Não é fácil para uma gestão acertar o caminho das ações quando tem na equipe políticos colocados em cargos por apoio partidário. O ex-prefeito Wagner Novaes sofreu com pessoas ultrapassadas que fizeram o governo não ser visto mediante o confronto de picuinhas causadas por uma pequena turma. O novo governo ‘NOVOS TEMPOS’ também começa ter algumas peças herdadas da gestão anterior que já causam burburinhos espalhados pela cidade, focados em atingir adversários.
De acordo informações de moradores do Distrito de Upabuçu ao Itiruçu Online, há um boato espalhado de que a obra de requalificação por cascalhamento da BA 577, que liga Upabuçu a sede do município, não teria iniciado por conta de uma assinatura do vereador Robertão, o que é apenas uma velha prática de políticos ultrapassados, que assumem cargos, mas não dispõem de competência para defender suas causas, recorrendo a boatos e acusações a adversários. Na verdade, não há necessidade de apenas um vereador assinar algum tipo de papel para liberar execução das obras. Todos os vereadores aprovaram a inclusão do município no Convale. O Robertão, citado nos boatos, lamentou a situação e disse que de fato tem cobrado o inicio das obras nas estradas, que já estão críticas, e caso dependesse dele como vereador, jamais se negaria ajudar na recuperação, até se doando como profissional caso seja solicitado.
Para deixar os moradores cientes do que de fato acontece com a recuperação da estrada, mantivemos contato com a prefeita Dra. Lorenna Di Gregório, que sem meias palavras e sem culpar adversários políticos, explicou sobre o inicio das obras e o convênio entre o Convale e a prefeitura de Itiruçu. “Não iniciamos ainda o cascalhamento por questões financeiras. O custo para manutenção de estradas é muito alto. Como as estradas são BAs, teria que ser arcadas pelo estado, porem, pleiteamos e vimos que a reforma destas estradas é de longo prazo, mas nossa necessidade é urgente. O que aconteceu foi o seguinte: a previsão deste cascalhamento não era nem para este momento, pois ainda estamos nos ajustando e muitos custos imprevistos, com dois resgastes do FPM – Fundo de Participação dos Municípios-, do INSS, que comprometeu praticamente 100% do FPM. Na realidade, o que adiantamos para buscar o cascalho foi o simples motivo de a retroescavadeira hidráulica, que estava na região de Lajedo e iria para Amargosa , sem previsão de retorno, e com isso adiantamos a locação da máquina, aproveitamos a oportunidade de ter achado o cascalho na região do Entroncamento de Jaguaquara, agimos rápido para retirar e estocar. Só a retirada do cascalho custou aproximadamente R$ 150 mil reais, com locação de caçambas, combustíveis, operador de máquina, mão de obras e outras mais . Foi importante a retirada do cascalho, pois foi a oportunidade que nós achamos com a facilidade de a máquina esta na região. Fizemos o primeiro passo e agora partiremos para a segunda etapa, que é fazer a terraplanagem, que iremos precisar da patrol e do rolo compressor, mas o rolo está na cidade de São Miguel das Matas. Diante dos custos que já tivemos, a exemplo da conta de combustível que chegava a R$ 60 mil, com os serviços aproximou de quase R$ 100 mil no posto de combustível. Ganhamos o folego financeiro agora em maio e esperamos, a depender das questões financeiras, retomar as obras das estradas. O que estamos adiantando são as ladeiras, que é uma necessidade emergencial para o deslocamento de veículos. Fico muito tranquila em relação a isso, pois nunca foi feito nada de grande na estrada de Upabuçu, das Várzeas e outras estradas como a região do Pati, região dos Teixeira. Infelizmente, com os recursos que temos hoje no município não podemos fazer da noite para o dia, temos que fazer algo bem projetado. Inclusive, a suspensão da Vila Junina foi por conta da retirada do cascalho. O custo que tivemos para retirar o cascalho seriam o recurso para a Vila Junina, fizemos a opção de escolha e optei por retirar o cascalho para as estradas e suspendi a execução da Vila Junina, até por ter ainda o ano todo para executar a obra sem problema algum”,disse a prefeita.
Em contato com o coordenador dos Consórcios Públicos da Bahia, Zenildo Brandão, na manhã desta quarta-feira (10), Zé Cocá garantiu que está também empenhado em ajudar a prefeitura de Itiruçu com o estado, através do Convale e que é intenção do governador Rui Costa atender as demandas dos Consórcios. De acordo com Zé Cocá, a priore o estado vai atender outros consórcios que não tiveram convênios na primeira etapa com o estado, e que o Convale assinará convênio na segunda etapa para recuperar as estradas de Itiruçu, que deve acontecer até o dia 30 deste mês. Ainda segundo Zé Cocá, o projeto de Itiruçu está pronto há 60 dias. O custo de ajuda do estado, se assinado o convênio, será de pouco mais de R$ 2 mil reais por KM.
Já a prefeita Dra. Lorenna, disse que espera uma ajuda significativa do estado para ajudar a prefeitura, vez que a manutenção das estradas é de responsabilidade do governo estadual, mas assegurou que se demorar muito, será preciso ir tocando as obras com recursos próprios mediante à situação das estradas, até que seja liberado o recurso.
