Repercutiu em toda a Bahia uma notícia que aconteceu na cidade de Itapetinga, distante 100 km de Vitória da Conquista. Segundo a reportagem, um médico é investigado suspeito de ter arrancado a cabeça de um bebê durante um parto realizado no Hospital Cristo Redentor O profissional foi afastado das funções para apuração do fato, informou nesta quinta-feira (24) a direção do hospital junto com a Fundação José Silveira, mantenedora da instituição. A queixa foi registrada na polícia por Paulo César Moreira da Silva, o pai da criança. A mãe passa bem.
O médico que realizou o parto, Rubem Moreira, quebrou o silêncio e publicou uma nota oficial na sua página pessoal no Facebook, que reproduzimos na íntegra abaixo:
“Por respeito a dor que atinge a todos envolvidos, em especial à família da paciente, venho a publico prestar este esclarecimentos. Ate agora, vinha tratando o caso com a discrição que deve existir sobre toda atuação do profissional de saúde.
Sou pai de 3 filhos, nascido em Itapetinga e tenho quase 40 anos de profissão. Realizo partos durante todo este tempo e tenho amor à medicina.
Há alguns dias fui chamado ao hospital para atender uma gestante que tinha entrado em trabalho de parto dias entes previsto. Mesmo tendo realizado junto com toda a equipe médica os procedimentos e esforços necessários, não pude evitar que a criança viesse a óbito. A partir daí, procurei a família para informá-los e alertá-los dos riscos que a gestante corria, bem como todas as medidas que poderiam ser requeridas.
Tenho consciência que para aqueles que desconhecem as razões e circunstância que indicaram um procedimento tão extremo sobressai o choque e a dor da família enlutada. Apesar de extremo, este procedimento é existente, é previsto na literatura médica e indicado quando é absolutamente necessário para salvar vidas da gestante.
Deus é testemunha que fizemos o possível para salvar a criança e que na impossibilidade disto, tentamos ao máximo reduzir os impactos desta perda para sua família. O que foi feito era um recurso indispensável e que nos permitiu salvar a gestante.
Por mais que nos esforcemos, nem sempre é permitido a nós profissionais de saúde evitar a dor e o sofrimento daqueles a quem nos prestamos a atender.
Deixo aqui meus sentimento à família”.