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Intolerância religiosa é tema da redação

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Com uma boa fluidez de trânsito e pouco movimento nas ruas, ontem (6) teria sido um típico domingo em Salvador, se não fosse a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No segundo e último dia de provas, os candidatos se dedicaram as questões de matemática, linguagens, e da redação, e, como era de se esperar, quase não houve atrasos. No Colégio Central, situado na Avenida Joana Angélica, e um dos maiores locais de prova da cidade, foi possível ver apenas um único candidato atrasado, após o fechamento dos portões – que aconteceu meio dia em ponto, em Salvador, por estar à uma hora de atraso do horário de Brasília.

Frustrado, por chegar a menos de um minuto após o fechamento, o estudante não quis falar sobre o ocorrido. Em outros colégios da região, também permaneceu o clima de tranquilidade na chegada de estudantes, e vendedores ambulantes que estavam em frente às instituições, como no caso do Colégio Estadual Severino Vieira, confirmaram que não chegou um único aluno atrasado. Na Bahia, foram 664 mil pessoas se inscreveram no exame.

Redação

Ainda assim, estudantes se dividiam em relação à empolgação para o segundo dia de exame. A preocupação da maioria dos candidatos foi a redação.

Horas depois do início da aplicação das provas foi confirmada a intolerância religiosa como tema deste ano para o texto dissertativo, contudo, horas antes, alguns concorrentes já palpitavam sobre o possível. Para Márcio Soares, que tenta uma vaga nas faculdades públicas de Direito, a homofobia deveria ser o tema escolhido. “Vivemos em um momento em que a intolerância às questões de gênero tem sido cada vez mais alta, e ao mesmo tempo, esta época em que vivemos é aquela em que mais a comunidade LGBT tem tido voz. Seria interessante escrever sobre isso”, opinou. Já Letícia Caldas, que pretende cursar Psicologia, no próximo ano, a temática deveria ser o racismo e a xenofobia. “É um tema que, volta e meia, acaba se destacando novamente. Esse ano, a gente tem acompanhado muitas notícias, tanto em relação à questão dos refugiados, como das eleições americanas, agora, e acho que a prova pode questionar nossa opinião sobre o assunto”, avaliou.  A tarde.