As primeiras pessoas a receberem a 1ª dose da vacina contra a Covid-19 em Itiruçu foram a anciã Eufrásia Pereira, que de acordo a prefeitura, vive em instituição de longa espera – Centro do Idoso – e um profissional de saúde, o enfermeiro Anderson Souza. A Vacinação deve seguir até que as doses do grupo prioritário finalizem. O município de Itiruçu recebeu apenas 67 doses do imunizante e aguarda o Ministério da Saúde disponibilizar as demais doses para seguir o protocolo Nacional de vacinação até atingir a população.
De acordo com o protocolo do município, os primeiros vacinados serão trabalhadores da área de saúde, idosos com mais de 75 anos, brasileiros acima de 60 anos que vivem instituições de longa permanência – abrigos, asilos, casa de acolhimento, entre outros-. O imunizante chegou à cidade por volta de 14h00.
Depois de aplicar à vacina na idosa, a prefeita Lorenna Di Gregorio – que também é médica- a gestora comemorou. “Hoje foi um dia histórico para mim, tive o prazer de vacinar dona Eufrásia com a CoronaVac e o primeiro profissional de saúde , Anderson. Juntos, iremos vencer essa pandemia”, disse Di Gregorio.
O profissional de saúde, Anderson Souza, comentou ao Itiruçu Online que foi uma sensação de esperança ao tomar a primeira dose da vacina, depois de trabalhar em meio a pandemia e assistir as pessoas sendo contaminadas. “Temos esperança. Hoje mesmo tivemos a perda de uma pessoa jovem do Entroncamento. Então, fico grato a Deus por ter a oportunidade de tomar a vacina. Fico na torcida que venha logo para todos”, comentou.
Agora os vacinados terão o prazo de 14 dias para tomarem a segunda dose do imunizante. No total, três pessoas foram vacinadas na cidade no primeiro dia. Outra pessoa que trabalha na saúde recebeu a dose.
Eficácia
Nos estudos clínicos realizados com a vacina CoronaVac, a eficácia geral do imunizante foi de 50,38% om base nos testes com um grupo de 9 mil voluntários. O Butantan também informou que a vacina é 78% eficaz na prevenção de casos leves do coronavírus e de 100% na prevenção dos quadros moderados ou graves da infecção do vírus Sars-CoV-2. Os percentuais consideram a aplicação de duas doses da vacina, com intervalo de 14 dias entre elas.
O estudo do Butantan envolveu 16 centros de pesquisa científica em sete estados e o Distrito Federal. Foram 6 meses de trabalho em parceria com a Sinovac. A vacina é desenvolvida com o vírus inativo. O objetivo é que o paciente receba a dose com pequena quantidade de vírus inativo para estimular o corpo a produzir anticorpos e evitar a contaminação, ou em caso de contágio, os sintomas serão leves. O imunizante foi uma conquista do governador de São Paulo, João Dória, que investiu na ciência e agora o resultado do trabalho será adquirido pelo governo federal e distribuído para todas as cidades brasileiras.